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cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR

N.º 9

SETEMBRO 2017

76

mica, social, ambiental e alimentar, de modo a res-

ponder aos interesses e desafios atuais, para dotar

os mestrandos de competências para a promo-

ção da DM como um incentivador da inovação e

do crescimento económico, da produção sustentá-

vel de produtos alimentares locais, da proteção da

biodiversidade e do ambiente, da promoção de um

estilo de vida saudável e da valorização da nossa

história e cultura milenares.

Será umcurso de grande transversalidade de conhe-

cimentos, aberto a alunos com formação de base

diversa, com uma acentuada componente de inves-

tigação e trabalho de campo, e comprometido com

as diferentes dimensões do território, visando inse-

rir-se e articular-se com a realidade local e empre-

sarial.

A institucionalização pela FAO de 2016 como Ano

Internacional das Leguminosas marcou de forma

indelével a atividade do GADM ao longo desse ano.

De facto, o grupo envolveu-se ativamente em três

eventos que atingiram os objetivos pretendidos:

durante a Feira Nacional da Agricultura, em San-

tarém, o GADM, em parceria com a Rede Rural

Nacional, organizou o programa do dia 6 de junho,

incluindo nomeadamente: Seminário “Importân-

cia das Leguminosas na DM”;

Show cooking

de

grão – variedade “elvar”; Leguminosas na Tradi-

ção Popular Portuguesa, sessão de divulgação de

provérbios e mezinhas; e Rastreio cardiovascular.

Tiveram ainda lugar atividades de informação e

animação sobre os benefícios do consumo de

leguminosas e uma exposição sobre legumino-

sas secas. Colaboraram neste conjunto de even-

tos a Câmara Municipal de Tavira, o INIAV, o IELT,

a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Ordem

e a Associação dos Nutricionistas, a Associação

In-Loco

e o

Chef

Nuno Barros;

durante a IV Feira da DM, realizada no início de

setembro em Tavira, teve lugar um Seminário

alusivo ao tema da importância das Legumino-

sas na Dieta Mediterrânica, da responsabilidade

da DRAP do Algarve e do INIAV;

o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, foi

comemorado com uma exposição realizada no

Jardim Tropical, onde o GADM participou em con-

junto com o INIAV, tendo para o efeito produzido

um desdobrável.

É natural que a patrimonialização da DM tenha

tido já algum impacto positivo no conhecimento

e mesmo na adoção de uma alimentação saudá-

vel em alguns estratos populacionais, no entanto,

tal ainda não foi mensurado. Alguma divulgação

do tema tem certamente passado, espalhando-se

a noção de que uma alimentação saudável poderá

prevenir muitas das doenças crónicas com que nos

vemos confrontados.

Agradecimentos

Este texto beneficiou da leitura crítica das Doutoras

Alexandra Seabra Pinto e Amélia Delgado e do Dou-

tor Pedro Graça, a quem agradeço.

Referências

[1] Keys A, Keys M (1959),

Eat well and stay well

, Doubleday

& Company, Nova Iorque

[2] Keys A, Aravanis C, Blackburn I, Buzina R, Djordjevic BS,

Dontas AS, Fidanza F, Karvonen MJ, Kimura N, Menotti

A, Muhacek I, Nedeljkovic S, Puddu V, Punsar S, Taylor

HL, van Buchem FSP (1980),

Seven countries—a multi-

variate analysis of death and coronary heart disease

, A

Commonwealth Fund Book, Harvard University Press,

Cambridge, MA

[3] Programa Nacional para a Promoção da Alimentação

Saudável, PNPAS/DGS (2017),

Nova Roda dos Alimen-

tos Mediterrânica

. Disponível em:

http://www.alimenta

-

caosaudavel.dgs.pt/roda-dos-alimentos-mediterranica/

[acedido em 3/8/17]

[4]

The Economist

, Intelligence Unit, EIU (2016),

Global Food

Security Index

. Disponível em: http://foodsecurityindex.

eiu.com/

[acedido em 10/7/17]

[5]

Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física

, IAN-AF

2015-2016. Relatório, parte II. Ed. Universidade do Porto