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A marca
Vinhos de Portugal
e sua projeção para o caso da Gastronomia Portuguesa
a diversidade da proposta portuguesa baseada na
elevada diversidade edafoclimática (clima e solos)
do País.
Foi neste contexto que se
desenvolveu o trabalho de
construçãodamarca Vinhos
de Portugal e foi com estes
pressupostos que à Marca
foi associada uma assina-
tura
Wines of Portugal – a
world of difference
.
Assim, hoje a marca está
construída sobre três ele-
mentos: a marca designativa (
Wines of Portugal
), a
sua figuração gráfica (o
P
, de Portugal) e uma assi-
natura
a world of difference
, resultado de um atu-
rado e dedicado trabalho de preparação que exigiu
compromisso, dedicação e profissionalismo.
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Poderia o exemplo da marca Vinhos de
Portugal ser replicado para o caso da
Gastronomia Portuguesa?
Esta seria a questão que poderíamos aqui colocar
como forma de transportar para o universo da Gas-
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Se no plano estratégico houve necessidade prévia de se
explicitar uma estratégia através da definição de Alvo,
Aspiração, Valores e Personalidade e Diferenciador da
Marca, já no plano instrumental foram diversas as reali-
zações com destaque para:
(i) Criação e registo de propriedade da “Marca”, a sua assi-
natura “
a world of difference
” e sua ilustração gráfica
“P”;
(ii) Elaboração do “Brand Book” (Manual de Posiciona-
mento da Marca);
(iii) Criação, através de Despacho do MADRP, da “Comis-
são Executiva da Marca” e da “Comissão Consultiva”;
(iv) Elaboração do Regulamento de Utilização da Marca;
(v) Realização do estudo de normas de utilização prática;
(vi) Criação e manutenção da Página na web.
Estes elementos, em particular o Manual da Marca, estão
disponíveis para quem queira utilizar, na página www.ivv.
min-agricultura.pte na página
www.winesofportugal.infotronomia (de que o Vinho é um dos elementos),
mas cuja resposta não é nem imediata nem fácil.
Porém, e teoricamente, ten-
tar-me-ia responder que
sim, embora a natureza dos
problemas seja diferente
ou, pelo menos em alguns
aspetos, esses problemas
tenham uma dimensão ou
profundidade mais vasta.
De facto, na altura da apre-
sentação em Abril de 2002
pelo Monitor Group de um
conjunto de recomendações entre as quais a suges-
tão de “
que Portugal se empenhasse no desenvolvi-
mento dinâmico de clusters
”, o setor do vinho em
Portugal era um
cluster
perfeitamente delimitado
(as empresas que atuam no sector são conheci-
das), onde se enquadravam organismos públicos
com funções reguladoras (o IVV e o então IVP, Insti-
tuto do Vinho do Porto), um vasto conjunto de enti-
dades de natureza privada que exerciam funções de
interesse coletivo (as CVR, Comissões Vitivinícolas
Regionais) apoiadas pela sua associação nacional,
a ANDOVI, associações de empresas e cooperativas
de base setorial (ACIBEV, ANCEVE, CAP, FENADE-
GAS, FENAVI, FEVIPOR) e uma associação de natu-
reza interprofissional, com funções específicas no
domínio da promoção internacional, a VINIPOR-
TUGAL. Ou seja, o vinho constituía um verdadeiro
cluster
, estruturado, com diferentes níveis de enti-
dades e atores, com funções bem claras, dotados
de meios humanos e competências técnicas e de
lobby
, com um perímetro e funções bem definidas
e duas organizações de charneira: o IVV, regulador, e
a VINIPORTUGAL, associação interprofissional, com
a responsabilidade da
promoção internacional dos
vinhos portugueses
.
Esta realidade, não só não era despicienda, como
se tornava nuclear para o que se seguiria, em par-
ticular quando se pretendia desenvolver um instru-
… o vinho constituía um verdadeiro
cluster, estruturado, com diferentes níveis
de entidades e atores, com funções bem
claras, dotados de meios humanos e
competências técnicas e de lobby, com
um perímetro e funções bem definidas e
duas organizações de charneira: o IVV,
regulador, e a VINIPORTUGAL, associação
interprofissional, com a responsabilidade
da
promoção internacional dos vinhos
portugueses