O Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral em conjunto com o Instituto Superior de Agronomia, realizou a 6 de dezembro no Salão Nobre desta Universidade, uma sessão de debate dedicada à temática do Ensino Agrícola - Programa
A abertura da sessão foi efetuada pelo Presidente do ISA, António Guerreiro de Brito e pelo Diretor-geral do GPP, Eduardo Diniz. O primeiro salientou a alteração profunda que o ensino agrícola tem vindo a ser alvo e da coexistência com outras formas de ensino que competem com o ensino Agrícola tradicional e com a forma como os professores lecionam as matérias. Neste âmbito, chamou a atenção de que e a mudança não pode ser apenas realizada pelos professores, tendo os alunos de ter também um papel ativo; devem ser cada vez mais proativos, inovadores e serem capazes de criarem as suas próprias empresas. O Diretor-geral do GPP efetuou um enquadramento sobre a escolha do tema nesta linha editorial da publicação CULTIVAR, assim como dos objetivos previstos para a respetiva reflexão.
Seguiu-se um primeiro painel, que contou com a intervenção de três alunos em representação dos diferentes graus de ensino agrícola: escolas profissionais agrícolas, escolas superiores agrárias (politécnicos) e o ensino superior. Globalmente, todos eles referiram que as unidades curriculares de cada curso devem ser alvo de uma revisão profunda e que a ligação entre a escola e o mundo empresarial deve ser fomentada.
Posteriormente deu-se início a uma mesa redonda, moderada pelo Fernando Gomes da Silva, para troca de impressões e experiências com convidados ligados a esta temática: Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, Francisco Gomes da Silva, professor do ISA, Manuel Campilho, empresário agrícola e Tiago Bacalhau, professor do ensino Secundário. O público presente participou na fase de debate, ao colocar questões através da aplicação Sli.do.
Os principais aspetos abordados prenderam-se sobretudo com a desadequação das matérias curriculares ao mercado de trabalho, falta de ligação ao mundo empresarial, a resistência à mudança, a importância de uma formação de base sólida, a má adequação/adaptação dos cursos agrícolas ao processo de Bolonha, nomeadamente o vazio criado no ensino mais profissionalizante e a desvalorização do desempenho pedagógico em detrimento da produção científica.
Para visualização da sessão de debate aceda aqui ao respetivo vídeo e à infografia sobre o ensino agrícola em Portugal.
A Edição n.º 17 da CULTIVAR encontra-se publicada em formato digital (pdf | ebook) e no website do GPP - Publicações CULTIVAR