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cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR

N.º 9

SETEMBRO 2017

66

panhas de produção baixas face aos anos anterio-

res (decréscimo das disponibilidades de 38,1% em

2015 face a 2014).

Frutos de casca rija

Nos frutos de casca rija, as disponibilidades diárias

per capita

para consumo em 2016 foram de 6,6 g/

hab/dia (2,4 kg/hab/ano; em média, 6,1 g/hab/dia,

entre 2012 e 2016) e ao longo do período em aná-

lise estiveram abaixo das disponibilidades médias

destes frutos no período 2008-2011 (7,9 g/hab/dia).

Leguminosas secas

Em 2016, as quantidades diárias de leguminosas

secas disponíveis para consumo foram de 11,2

g/hab/dia (4,1 kg/hab/ano; 10,7 g/hab/dia, em

média, no entre 2012 e 2016), tendo ultrapassado

a média do período 2008-2011 (11,0 g/hab/dia) e

aumentado 16,7% entre 2012 e 2014 (+1,6 g/hab/

dia ou +0,6 kg/hab/ano), mantendo-se estáveis em

2015 e 2016.

O feijão seco é a leguminosa seca com maiores

disponibilidades para consumo, representando no

período 2012-2016 cerca de 75%, em média, das

disponibilidades totais destes produtos, enquanto

o grão-de-bico seco representou 25,0%.

Óleos e gorduras

Em 2016, os óleos e gorduras apresentaram dispo-

nibilidades diárias para consumo de 104,8 g/hab/

dia (em média, 102,9 g/hab/dia, no período 2012-

2016), mais 2,5 g/hab/dia face a 2012, mas 3,8 g/

hab/dia abaixo da média das disponibilidades diá-

rias do período 2008-2011.

Bebidas não alcoólicas

A estrutura das disponibilidades das bebidas

não alcoólicas manteve-se inalterada no período

2012-2016, sendo a água engarrafada a bebida

disponível em maior quantidade

Em 2016, cada residente em território nacional

tinha disponível para consumo 580,3 ml/hab/dia

(211,8 l/hab/ano) de bebidas não alcoólicas (em

média, 547,7 ml/hab/dia, no período 2012-2016).

A evolução das quantidades diárias disponíveis

para consumo apresentou dois padrões distintos

no quinquénio em análise. Até 2013, as quantida-

des disponíveis para consumo diminuíram 0,8%,

devido ao decréscimo das disponibilidades de

água engarrafada (-1,9% em 2013). A partir desse

ano, o consumo aparente destes produtos aumen-

tou 9,4%, que foi extensível a todas as bebidas mas

com particular incidência nas águas engarrafadas

(+14,6% – águas engarrafadas, +2% – refrigerantes,

+8,4% – sumos).

Bebidas alcoólicas

Redução das disponibilidades de todas as bebi-

das alcoólicas no período 2012-2016 face à

média das disponibilidades do período 2008-

2011

Em 2016, as quantidades diárias disponíveis

per

capita

de bebidas alcoólicas foram 276,1 ml/hab/

dia (100,8 l/hab/ano; em média, 266,7 ml/hab/dia,

no período 2012-2016). A cerveja continuou a ser

a bebida alcoólica com maior quantidade dispo-

nível para consumo, 50,5% das quantidades totais

disponíveis para consumo destas bebidas em 2016

(139,5 ml/hab/dia), seguida pelo vinho com 44,8%

(123,8 ml/hab/dia). As outras bebidas alcoólicas,

que incluem aguardentes, licores e outras bebidas

destiladas e fermentadas, tiveram uma importân-

cia reduzida no total, 4,6% em 2016 (12,8 ml/hab/

dia). No quinquénio em análise, observou-se uma

redução das disponibilidades de todas as bebidas

alcoólicas relativamente à média das disponibili-

dades do período 2008-2011, sendo mais expres-

siva no vinho entre 2010 e 2013 (-19,1%) e na cer-

veja entre 2010 e 2014 (-17,9%), para o que terá

contribuído o aumento do IVA das bebidas na res-