A Balança Alimentar Portuguesa 2012-2016
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Alimentos revela, uma vez mais, uma distorção do
padrão das disponibilidades face ao recomendado.
Disponibilidades alimentares para con-
sumo
Carne
213,3 g/hab/dia foram as disponibilidades ali-
mentares de carne no quinquénio 2012-2016
No mesmo quinquénio, as quantidades totais de
carne disponíveis para consumo aumentaram a um
ritmo médio anual de 1,6%, atingindo 80,4 kg/hab/
ano (220,3 g/hab/dia) em 2016, o que representa
um acréscimo de 4,8 kg de carne por habitante
(+13,2 g/hab/dia). Realça-se que o decréscimo nas
quantidades disponíveis diárias de carne para con-
sumo teve início em 2010, após o máximo em 2009
(224,3 g/hab/dia, 81,9 kg/hab/ano) e prolongou-se
até 2012, ano em que as disponibilidades de carne
para consumo igualaram valores de 2006.
Neste ano, para além do período recessivo, há
ainda a referir o decréscimo de pastagens devido
à situação de seca, o que aliado ao elevado preço
das matérias-primas para alimentação animal e
à incerteza quanto à sua evolução, levou a uma
menor disponibilidade dos criadores para assumi-
rem o risco de engordar vitelos e produzir novilhos,
tendo como consequência um maior abate de ani-
mais jovens e uma maior saída de vitelos vivos para
Espanha, para aí serem engordados.
Entre os dois períodos, a carne de animais de
capoeira passou da segunda mais importante, com
32,6% das disponibilidades médias em 2008-2011,
para primeiro lugar no quinquénio 2012-2016,
36,7% (+4,1 p.p.), ultrapassando as disponibilida-
des de carne de suíno que neste período represen-
taram 31,5% das disponibilidades médias totais
(menos 1,4 p.p. face a 2008-2011).
Pescado
No quinquénio 2012-2016, disponibilidades em
bacalhau e outros peixes salgados secos equi-
valiam a 3,7 kg/hab/ano)
O consumo aparente de pescado tem tendencial-
mente vindo a diminuir desde 1990, apesar da evo-
lução positiva no período 2006-2010. Com a reces-
Roda dos Alimentos e Balança Alimentar Portuguesa