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cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR

N.º 8

JUNHO 2017

104

O Plano identifica quatro áreas prioritárias de inter-

venção que agrupam 15 ações a realizar até 2019:

1. Melhorar as orientações e os conhecimentos e

garantir uma melhor coerência com objetivos

socioeconómicos mais abrangentes

A Comissão colaborará com os EM no sentido de

aplicar a legislação de forma mais eficaz, poten-

ciando os benefícios económicos. Serão atualiza-

dos e desenvolvidas orientações sobre os procedi-

mentos de licenciamento nos sítios, a proteção e

gestão de espécies, bem como orientações espe-

cíficas setoriais (p. ex. energia eólica e hidroelé-

trica e aquicultura). Serão também fornecidas

novas orientações em matéria de integração dos

serviços dos ecossistemas na tomada de decisão.

A Comissão garantirá ainda o acesso público em

linha aos dados necessários para a aplicação das

Diretivas (por exemplo, imagens de satélite do

programa

Copernicus

)

2. Desenvolver uma apropriação política e refor-

çar o cumprimento das disposições

Proporcionar transparência às partes interessa-

das, de modo a reforçar o cumprimento das dis-

posições. A Comissão apoiará os EM na definição

das medidas de conservação necessárias para

todos os sítios.

A Comissão trabalhará com as autoridades nacio-

nais e regionais competentes, com os proprietá-

rios de terras e outras partes interessadas a fim de

melhorar a aplicação e superar os desafios.

3. Reforçar o investimento na rede Natura 2000 e

melhorar a utilização dos instrumentos finan-

ceiros da UE

Propor um aumento de 10 % no orçamento LIFE

dedicado a projetos de apoio à conservação do

ambiente e da biodiversidade, sem alterar a dota-

ção orçamental global do programa.

Estimular o investimento do setor privado nos pro-

jetos relativos à natureza, através do Mecanismo

de Financiamento do Capital Natural, uma parce-

ria de financiamento entre a Comissão e o Banco

Europeu de Investimento, que propõe emprésti-

mos personalizados e investimentos.

Promover sinergias com o financiamento da Polí-

tica Agrícola Comum, incluindo o Fundo Europeu

Agrícola de Desenvolvimento Rural, os serviços de

aconselhamento agrícola e a Parceria Europeia de

Inovação para a Produtividade e Sustentabilidade

Agrícolas.

Facultar orientações para apoiar o desenvolvi-

mento de infraestruturas verdes, tendo em vista

uma melhor conectividade da Rede Natura 2000

e o apoio a projetos de soluções de base natural,

através da política de investigação e inovação da

UE e dos fundos Horizonte 2020.

4

.

Melhorar a comunicação e a sensibilização e

envolver os cidadãos, as partes interessadas e

as comunidades

Apoiar o intercâmbio de conhecimentos com as

autoridades locais e regionais através de uma pla-

taforma conjunta com o Comité das Regiões da

UE.

Implicar os jovens através do Corpo Europeu de

Solidariedade e do destacamento de voluntários

para apoiar as medidas de conservação dos sítios

da Rede Natura 2000 e contribuir, através de finan-

ciamento da UE, para proporcionar aos jovens

europeus mais oportunidades de voluntariado ou

de experiência profissional transfronteiriças.

Apoiar as ações de sensibilização, utilizar novas

tecnologias e reforçar as ligações entre o patrimó-

nio natural e cultural, especialmente no contexto

da designação de 2018 como Ano Europeu do

Património Cultural.

Proclamar o dia 21 de maio como Dia Europeu da

Rede Natura 2000.