cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR
N.º 8
JUNHO 2017
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cer a biodiversidade, mas que exigem regras muito
rígidas para os agricultores e que podem não asse-
gurar resultados efetivos.
De qualquer modo, não devem ser ignoradas as difi-
culdades deste modelo de apoios agroambientais.
Desde logo, a preocupação dos agricultores com o
nível de flexibilidade permitida, a variabilidade e
o risco de redução do apoio, associada à neces-
sidade de uma rede de segurança contra outros
Gráfico 5:
Taxa de cumprimento das metas físicas das ações da medida 7 com
contributos para a biodiversidade (%)
Fonte:
GPP a partir de AGPDR2020
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
7.1.1
7.1.2
7.2.1
7.3.1
7.3.2
7.6.1
7.6.2
7.7.1
7.7.2
7.7.3
7.9.1
7.10.2
7.12.1
riscos como os climáticos,
a necessidade de forma-
ção e apoio técnico local,
e o modo de adaptação às
práticas já existentes. Além
disso, é necessário ter em
conta o grau de dificuldade
e os custos associados ao
desenvolvimento de um
modelo de medição rigo-
roso e a complexidade na
construção das medidas.
Todos estes fatores devem
ser devidamente pondera-
dos, por forma a não com-
prometer a própria viabilidade e a atratividade das
medidas e os objetivos ambientais que se preten-
dem atingir.
Este modelo de apoios, com base em resultados,
não poderá assim constituir, por si só, uma resposta
para todas as situações, podendo no entanto ser
equacionado de forma complementar aos apoios
baseados em práticas com benefícios ambientais
comprovados.