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Plano Estratégico de Acão para os Setores Agrícola, Pecuário e Florestal

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ceiros sociais e institucionais, tendo sido produzi-

dos folhetos com informação relativa a Obrigações

Legais de Segurança e Saúde no Trabalho, diver-

sos tipos de máquinas agrícolas e florestais e pes-

ticidas.

Foram também criados 8 instrumentos de aplica-

ção legislativa tais como a avaliação de riscos, aná-

lise e investigação de acidentes de trabalho, con-

sulta dos trabalhadores, lista de verificação, registo

de tempos de trabalho, registo de manutenção de

máquinas e equipamentos de trabalho e ficha de

segurança de tratores e máquinas agrícolas e flo-

restais. A sua divulgação foi feita pela ACT e parcei-

ros sociais, através da Internet, correio eletrónico,

em seminários, feiras e revistas da especialidade.

No período entre 2012 e 2015, a ACT em conjunto

com os seus parceiros efetuou ações de informação

e sensibilização relativamente ao Plano estratégico,

promovendo seminários,

workshops

, atividades em

contexto de trabalho, participação em feiras, privi-

legiando-se a participação de um inspetor do traba-

lho e de um técnico de prevenção dos serviços des-

concentrados da ACT, juntamente com técnicos das

organizações representativas dos agricultores e dos

produtores florestais, com o intuito de promover a

criação de redes de prevenção locais e regionais.

As atividades promovidas na área inspetiva foram

da responsabilidade exclusiva da ACT, com visitas

aos locais de trabalho, de modo a promover locais

dignos e seguros, prevenindo acidentes de trabalho

e doenças profissionais. Neste sentido, foram rea-

lizadas formações aos inspetores, de modo a har-

monizar a sua intervenção com referenciais comuns

para análise dos locais de trabalho.

O Plano Estratégico de Ação para o Setor Agrícola,

Pecuário e Florestal, que decorreu entre 2012 e 2015,

teve duas fases. A primeira ocorreu em 2012 e 2013,

na qual se registou uma maior incidência na ativi-

dade de informação e sensibilização e a segunda

decorreu em 2014 e 2015, onde se privilegiou a ver-

tente inspetiva sem descurar a parte pedagógica.

No balanço final, foram realizadas 1700 inspeções

que abrangeram cerca de 10 mil trabalhadores, que

tiveram como consequência a melhoria das condi-

ções de trabalho, salientando-se a dinâmica imple-

mentada pelos parceiros sociais e institucionais.

Contudo, regista-se ainda uma tendência crescente

para a ocorrência de acidentes de trabalho graves e

mortais no setor. As principais infrações detetadas

foram a falta de seguros de acidentes de trabalho

e a não organização dos serviços de segurança e

saúde, o que compromete a identificação dos peri-

gos, a avaliação dos riscos profissionais, informa-

ção e formação dos trabalhadores.

Conforme definido pela Comissão Europeia no

seu quadro estratégico (2014-2020), a redução da

sinistralidade surge como o principal objetivo da

Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no

Trabalho, para o período 2015-2020, com a imple-

mentação de medidas eficazes de prevenção que

assegurem condições dignas e seguras. A Estratégia

Nacional visa sobretudo três objetivos: Promover a

qualidade de vida no trabalho; Diminuir o número

de acidentes de trabalho e a taxa de incidência de

acidentes de trabalho em 30%; Diminuir os fatores

de risco associado a doenças profissionais.