Cultivar_29

Editorial 9 Jaime Braga analisa o percurso do setor nas últimas duas décadas, aproximadamente, numa perspetiva de sustentabilidade e tendo em conta a questão crucial da transição energética. Faz uma avaliação da evolução dos perfis de consumos de energia e dos balanços energéticos com referência a 2005, envolvendo também o recurso à cogeração e à bioenergia. Em seguida, analisa de que forma as emissões de gases com efeito de estufa do setor agroindustrial evoluíram no mesmo período. Conclui com “perspetivas para a transição dos consumos de energia”, destacando cada um dos principais grupos de combustíveis: derivados do petróleo, gás natural e bioenergia. A fechar a secção, o artigo de Nuno Fernandes Thomaz, da Centromarca, começa por fazer uma contextualização político-económica e fiscal do país, falando das “interrogações do presente” e dos necessários “equilíbrios do futuro”, tendo em conta a incerteza a nível global. Passa depois a uma análise mais detalhada das questões relacionadas com a fiscalidade no que se refere ao setor agroalimentar, nomeadamente o IVA e a necessidade da respetiva harmonização, para impedir discriminação entre produtos e evitar “descompetitividade”. Apresenta para concluir algumas pistas para conseguir estes objetivos. Desenvolvendo um artigo previamente publicado na Ingenium, revista da Ordem dos Engenheiros, Ana Rita Moura e Rui Trindade, do GPP, abrem a secção Observatório detalhando a situação atual e a evolução recente do setor agroindustrial em Portugal. O artigo baseia-se fundamentalmente em duas fontes de informação do INE: as Contas Nacionais e as Contas Integradas das Empresas. As Contas Nacionais possibilitam a análise de diversas variáveis socioeconómicas, tais como o VAB, o emprego ou o comércio internacional, que permitem não só compreender a importância da indústria agroalimentar na economia nacional no período mais recente, mas também analisar as relações intra- e intersetoriais ao nível da procura e da oferta deste tipo de produtos. As Contas Integradas das Empresas permitem uma visão mais desagregada/detalhada do setor empresarial das indústrias agroalimentares (e.g. por categorias de indústria, por dimensão da empresa), com base em indicadores de número de empresas, volume de negócios, pessoal ao serviço, entre outros. É feita também uma análise mais detalhada, dirigida para o setor, dos fluxos e Matrizes Simétricas de Input- -Output. Os autores terminam o artigo com algumas breves constatações sobre a relevância do setor na economia. O artigo de Sara M. Oliveira et al., do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) começa por explicar a génese desta entidade, em parceria com Espanha e com o apoio da União Europeia. Um dos clusters, ou áreas temáticas, do INL dedica-se à investigação de uma Alimentação para o Futuro, desenvolvendo-se em três missões: Embalagens alimentares; Personalização alimentar e Controlo e rastreabilidade alimentar. Todas elas têm por objetivo contribuir para sistemas agroalimentares mais sustentáveis, seguros e promotores da saúde humana, animal e ecossistémica. Os autores descrevem o papel da nanociência e da nanotecnologia neste âmbito, fazendo depois uma síntese dos diversos projetos e iniciativas que têm em curso, em múltiplas parcerias institucionais e empresariais. António Cunha, da Fábrica de Conservas A Poveira, fala do grande dinamismo atual do setor das conservas, sobretudo devido a uma maior consciencialização por parte dos consumidores em relação aos Autor: J.P., Junta Nacional dos Produtos Pecuários (JNPP); acervo do GPP

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