Newsletter n.º 38


23 dezembro 2019

Conselho de Ministros de Agricultura e Pescas | 16 e 17 dezembro de 2019

Na sessão  do Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas da UE realizada nos dias 16 e 17 de dezembro, foi debatido o relatório de progresso da Presidência Finlandesa sobre o trabalho realizado no Conselho sobre todas as propostas da Comissão do pacote de reformas da PAC pós 2020.

A Comissão Europeia apresentou uma comunicação sobre o Pacto Ecológico (Green Deal), que estabelece um compromisso orientador e integrador das prioridades da União Europeia para os desafios que enfrenta em termos de clima, ambiente e biodiversidade, no âmbito dos quais todos os setores terão de contribuir, de forma justa e inclusiva, para os objetivos de neutralidade carbónica a atingir em 2050 e de transição para um modelo de crescimento económico mais sustentável.


Portugal concordou com o papel central que o Pacto Ecológico atribui à agricultura no objetivo de, através da estratégia «da quinta ao prato» (Farm to Fork), fazer uma transição para um sistema alimentar justo, saudável e amigo do ambiente, identificando a PAC como instrumento essencial para atingir esta meta e, simultaneamente, assegurar uma vida digna aos agricultores europeus e congratula-se com a abordagem de incluir os planos estratégicos da política agrícola comum na ambição do Pacto Ecológico. Reiterou que o plano estratégico PAC em preparação faz parte deste Pacto Ecológico, pelo que se justifica prolongar a totalidade das medidas agroambientais em 2020 e assim permitir uma transição entre o atual e o próximo período de programação».

No que diz respeito às possibilidades de pesca para 2020 nos mares do Atlântico, do Norte e do Mediterrâneo, o Conselho Agricultura e Pescas chegou hoje a um acordo político sobre um regulamento relativo aos limites de capturas para 2020 para as principais unidades populacionais de peixes comerciais no Atlântico, no Mar do Norte e nas pescarias internacionais em que participam navios da UE.
O Conselho reafirmou assim, o seu forte compromisso com o objetivo da Política Comum das Pescas - sustentabilidade ambiental, económica e social - as disposições dos planos plurianuais de gestão atualmente em vigor e os melhores pareceres científicos disponíveis.

O Conselho adotou conclusões, que fornecem orientações políticas sobre a proteção e a restauração das florestas do mundo em resposta à comunicação da Comissão sobre a intensificação da ação da UE neste domínio.

Os ministros foram ainda informados sobre a flexibilidade orçamental no âmbito do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas 2014-2020, as conclusões do Conselho sobre a estratégia da UE para a bioeconomia, o bem-estar animal e a fraude alimentar.

 


Nova Comissão Europeia (2019-2024)

A 16 de julho de 2019, Ursula Von der Leyen foi eleita pelo Parlamento Europeu como a nova Presidente da Comissão Europeia, sendo a primeira mulher indigitada para o cargo.
A 27 de novembro, o Parlamento Europeu aprovou a nova Comissão de Ursula Von der Leyen que entrou em funções no dia 1 de dezembro de 2019, por um mandato de cinco anos (2019-2024).

O novo colégio é constituído por 27 membros, dos quais três são vice-presidentes executivos, um alto representante da União para a Política Externa e a Política de Segurança, cinco vice-presidentesdezassete comissários. Os vice-presidentes serão responsáveis pelas principais prioridades das orientações políticas. Dirigirão esforços no que respeita às principais prioridades, nomeadamente o pacto ecológico europeu, uma Europa preparada para a era digital, uma economia ao serviço das pessoas, a proteção do modo de vida europeu, uma Europa mais forte na cena mundial e um novo impulso para a democracia europeia.
Os três vice-presidentes executivos terão uma dupla função. Serão simultaneamente vice-presidentes responsáveis por uma das três prioridades fulcrais da agenda da presidente eleita e simultaneamente comissários.

Janusz Wojciechowski, antigo deputado do Parlamento Europeu no Comité da Agricultura e atual membro do Tribunal de Contas Europeu, assume nesta nova Comissão, a pasta da Agricultura.
Durante as audiências, o comissário assumiu uma série de compromissos com base na construção de uma agricultura moderna e sustentável, incluindo:

  • Conclusão das negociações sobre uma PAC simplificada após 2020 e garantia de que os futuros planos estratégicos atinjam um equilíbrio entre os objetivos da UE e as prioridades nacionais de cada país;
  • Contribuir para a estratégia “Farm to Fork” da UE, analisando como o setor agroalimentar pode melhorar a sustentabilidade em todo o circuito agroalimentar, inclusive através da produção orgânica;
  • Garantir que a produção agroalimentar contribua para os objetivos da UE em matéria de clima, ambiente e biodiversidade;
  • Fortalecer o sistema de Indicações Geográficas e desenvolver uma nova visão de longo prazo para as áreas rurais no âmbito dos Planos Estratégicos após 2020;
  • Promover os padrões alimentares de alta qualidade da Europa em todo o mundo.

Para mais informação consultar Infografia

 


Orientações Políticas para a próxima Comissão Europeia (2019-2024)

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, apresentou um documento em identifica as principais linhas de orientação do seu programa para a Comissão Europeia para o período compreendido entre 2019 e 2024. Assenta em 6 principais linhas orientadoras:

  1. Pacto Ecológico Europeu
A Europa deve encetar esforços no sentido de ser o primeiro continente neutro do ponto de vista climático
  1. Uma economia ao serviço dos cidadãos
Trabalhar em prol da justiça social e da prosperidade
  1. Preparar a Europa para a era digital
Capacitar as pessoas graças a uma nova geração de tecnologias
  1. Promoção do nosso modo de vida europeu
Proteger os nossos cidadãos e os nossos valores
  1. Uma Europa mais forte na cena mundial
Reforçar a nossa liderança mundial responsável
  1. Um novo impulso para a democracia europeia
Promover, proteger e consolidar a nossa democracia
 

Para mais informar consultar documento
 

Debate sobre o Ensino Agrícola

O Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral em conjunto com o Instituto Superior de Agronomia, realizou a 6 de dezembro no Salão Nobre desta Universidade, uma sessão de debate dedicada à temática do Ensino Agrícola - Programa 

A abertura da sessão foi efetuada pelo Presidente do ISA, António Guerreiro de Brito e pelo Diretor-geral do GPP, Eduardo Diniz. O primeiro salientou a alteração profunda que o ensino agrícola tem vindo a ser alvo e da coexistência com outras formas de ensino que competem com o ensino Agrícola tradicional e com a forma como os professores lecionam as matérias. Neste âmbito, chamou a atenção de que e a mudança não pode ser apenas realizada pelos professores, tendo os alunos de ter também um papel ativo; devem ser cada vez mais proativos, inovadores e serem capazes de criarem as suas próprias empresas. O Diretor-geral do GPP efetuou um enquadramento sobre a escolha do tema nesta linha editorial da publicação CULTIVAR, assim como dos objetivos previstos para a respetiva reflexão.   

Os principais aspetos abordados prenderam-se sobretudo com a desadequação das matérias curriculares ao mercado de trabalho, falta de ligação ao mundo empresarial, a resistência à mudança, a importância de uma formação de base sólida, a má adequação/adaptação dos cursos agrícolas ao processo de Bolonha, nomeadamente o vazio criado no ensino mais profissionalizante e a desvalorização do desempenho pedagógico em detrimento da produção científica.

Para visualização da sessão de debate aceda aqui ao respetivo vídeo e à infografia sobre o ensino agrícola em Portugal.

A Edição n.º 17 da CULTIVAR encontra-se publicada em formato digital (pdf | ebook) e no website do GPP - Publicações CULTIVAR

Publicações
 

EU agricultural markets and agricultural income to 2030

Este relatório fornece uma perspetiva de médio prazo para os principais mercados agrícolas e rendimentos agrícolas da UE até 2030. Baseia-se num conjunto de premissas macroeconómicas incluindo a continuação das políticas agrícolas e comerciais atuais. A análise baseia-se nas informações disponíveis no final de setembro de 2019 para a produção agrícola e num modelo agroeconómico utilizado pela Comissão Europeia.
A análise de um conjunto selecionado de incertezas de mercado acompanha este relatório para quantificar o potencial de variação nos resultados.

European Commission, 10 dezembro 2019

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CAP Strategic planning explained

Perspetivas operacionais: análise aprofundada - Estudo
Pela primeira vez na história da política agrícola comum (PAC), propõe-se que as intervenções disponíveis no âmbito do Pilar I da PAC (ou seja, rendimento agrícola e apoio ao mercado) e Pilar II (desenvolvimento rural) sejam combinadas num único plano estratégico. Este documento visa fornecer uma melhor compreensão da proposta da Comissão Europeia para este novo modelo para a PAC pós 2020, examinando uma série de questões operacionais para ajudar a informar no âmbito do processo legislativo em curso.
PE, 28 novembro 2019


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The European environment - State and outlook 2020 : knowledge for transition to a sustainable Europe

Em 2020, a Europa enfrenta desafios ambientais de escala e urgência sem precedentes. Embora as políticas ambientais e climáticas da UE tenham proporcionado benefícios substanciais nas últimas décadas, a Europa enfrenta problemas persistentes em áreas como perda de biodiversidade, uso de recursos, impactos das mudanças climáticas e riscos ambientais à saúde e ao bem-estar. O relatório fornece uma avaliação abrangente do ambiente da Europa para apoiar a governança e informar o público. Como todos os relatórios do EEE, baseia-se no trabalho da Rede Europeia de Informação e Observação Ambiental (Eionet) - uma parceria entre o EEE e seus 33 países membros e seis países cooperantes

European Environment Agency, 9 dezembro 2019

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Trends and Drivers of Agri-environmental Performance in OECD Countries

Este relatório atualiza os dados publicados no Compêndio de Indicadores Agroambientais da OCDE de 2015, para apresentar um resumo do desempenho ambiental da agricultura nos países da OCDE no final de 2015. Os capítulos temáticos cobrem as seguintes áreas: as questões interligadas do uso da terra, pesticidas e aves de fazenda; emissões de amônia e gases de efeito estufa, os principais poluentes atmosféricos das atividades agrícolas; balanços de nitrogênio e fósforo, dois indicadores que sinalizam a poluição do ar e da água; e uso e irrigação da água na agricultura.

OECD, 2 dezembro 2019

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Legislação 
Diário da República / Jornal Oficial da UE
Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural | Mar | Outros
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