Newsletter n.º 96
outubro 2024
Ver este e-mail no browser
GPP promove debate sobre a Agricultura de Sequeiro
GPP promoveu debate sobre a Agricultura de Sequeiro

O Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) divulgou mais uma edição da publicação CULTIVAR - Cadernos de Análise e Prospetiva, dedicada desta vez ao tema do Sequeiro.
Este método de cultivo ocupa grande parte do solo agrícola de Portugal Continental, predominando sobretudo na região sul e no interior do país, em que as condições climáticas levam à prática de uma agricultura extensiva, com predomínio das pastagens, culturas forrageiras e culturas permanentes. 
Face aos desafios que enfrenta, nomeadamente ao nível da gestão da escassez de recursos hídricos, da preservação do solo e de garantia de rendimento, o desenvolvimento da agricultura de sequeiro tem de ter em consideração soluções específicas para a valorização do seu potencial produtivo e que conduzam à viabilização destes territórios.

Com vista a promover uma reflexão alargada sobre este tema, o GPP realizou uma sessão de debate no dia 28 de outubro nas suas instalações em Lisboa, na qual se destacou o papel da agricultura de sequeiro na gestão do território e da biodiversidade.
Considerando que a maior parte da superfície dedicada a este método de cultivo corresponde a culturas extensivas para alimentação dos animais na exploração agrícola, foi salientada a necessidade de se abordar as pastagens de forma mais abrangente, priorizando uma gestão mais eficiente dos recursos, nomeadamente ao nível da melhoria e conservação do solo e adoção de práticas inovadoras que favoreçam o reequilíbrio face a diferentes cenários climáticos. A autonomia do agricultor enquanto agente económico, a intervenção estrutural no âmbito dos recursos hídricos e a definição das políticas públicas foram identificadas como elementos determinantes para possibilitar condições competitivas da agricultura de sequeiro.  

 
Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia - 21 e 22 de outubro de 2024 
Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia - 21 e 22 de outubro de 2024 

Os Ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia (UE) reuniram-se a 21 e 22 de outubro, no Luxemburgo, no Conselho AGRIFISH presidido pela Hungria, destacando-se o debate em torno das prioridades para o futuro da Política Agrícola Comum (PAC) após 2027.
Neste âmbito, os Ministros salientaram o contributo da PAC para a garantia de um setor agrícola competitivo, centrado nos agricultores, sustentável, resistente às crises e baseado no conhecimento, destacando igualmente a importância na garantia da segurança alimentar, assegurando um nível de vida equitativo para a população agrícola, apoio em caso de situações de crise e acessibilidade de preços para os consumidores. 

As conclusões apresentadas pela Presidência foram apoiadas por 26 Estados-Membros (EM), tendo Portugal defendido que a PAC deverá continuar a contribuir para a autonomia estratégica da UE, mantendo os dois pilares e sem cortes orçamentais.    

Sobre o comércio agroalimentar, foi efetuado um debate sobre como os agricultores da UE beneficiarem a médio e longo prazo, tendo sido avaliados os atuais fluxos comerciais, as negociações em curso sobre acordos de comércio livre bilaterais (Chile, Mercosul, Índia, Tailândia e Indonésia) e as ações da Comissão Europeia (CE) na Organização Mundial do Comércio (OMC), incluindo no que respeita às intervenções da China no comércio agrícola.
Apesar de reconhecerem a evolução positiva do comércio agroalimentar da UE no primeiro semestre de 2024, os Ministros apelaram a uma maior compensação de setores sensíveis para robustecimento diante da concorrência de países terceiros. 

O Conselho debateu os principais desafios que a cadeia alimentar da UE enfrenta atualmente, incluindo o impacto das alterações climáticas e das condições meteorológicas adversas no setor agrícola, dos custos elevados dos fatores de produção e da propagação de doenças animais. Sinalizaram também a disparidade entre normas de produção da UE e de países terceiros relativamente à sustentabilidade, bem-estar dos animais e informação dos consumidores. O Conselho reconheceu o desafio de aumentar a competitividade da cadeia alimentar, garantido em simultâneo a distribuição regular de alimentos e a segurança alimentar dos cidadãos europeus.

No âmbito das Pescas, o Conselho chegou a acordo sobre novos limites às capturas de peixe para as principais unidades populacionais de peixes do Mar Báltico, salvaguardando o parecer científico do Conselho Internacional de Exploração do Mar (CIEM). O acordo baseou-se em considerações ambientais e socioeconómicas, tendo por objetivo garantir unidades populacionais sustentáveis, assegurar a viabilidade futura do setor assim como a subsistência dos que trabalham na indústria das pescas. 

Foi ainda apresentada no Conselho, a informação de Portugal sobre a resposta da UE às consequências dos eventos climáticos extremos - financiamento das medidas de resposta a situações de crise na União Europeia. 

 
3.ª Reprogramação PEPAC Portugal 2023-2027 

A proposta da 3.ª Reprogramação ao Plano Estratégico para a PAC - PEPAC 2023-2027 foi submetida à Comissão Europeia, no sistema de informação (SFC2021), na sequência da emissão de parecer favorável em reunião do Comité de Acompanhamento Nacional do PEPAC Portugal 2023-2027.

Ver Apresentação no Comité de Acompanhamento Nacional (pdf)


 
Grupo de trabalho da Agricultura do G20 

O GPP participou, no âmbito do convite da presidência do Brasil do G20 a Portugal, nas iniciativas e sessões do Grupo de trabalho da Agricultura que decorreram de fevereiro a setembro de 2024. O debate centrou-se em quatro prioridades: sustentabilidade dos sistemas agroalimentares; reforço do contributo do comércio para a segurança alimentar e nutricional; reconhecimento do papel da agricultura familiar; promoção da integração sustentável da pesca e aquicultura nas cadeias sociais locais e globais.

As sessões técnicas tiveram também como objetivo a preparação da proposta de Declaração Ministerial, que foi endossada pelos Ministros da Agricultura do G20 e países convidados na reunião de 12 a 14 setembro, com a presença do Ministro da Agricultura e Pescas e do Secretário de Estado da Agricultura de Portugal. 

Ver mais informação
 
Bilateral Portugal / China

No âmbito da visita da Delegação da Administração Geral das Alfândegas da República Popular da China (GACC) a Portugal, decorreu um encontro com o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), tendo em vista a troca de informações sobre a exportação de produtos cárneos, fruta e vinhos portugueses para aquele país. 

No âmbito do encontro teve lugar também a assinatura do protocolo sobre requisitos sanitários aplicáveis às exportações de lã não lavada de Portugal para a China.

Ver mais informação
Apoio a ações de informação da PAC para 2025 
Apoio a ações de informação da PAC para 2025 

A Comissão Europeia (CE) lançou a 8 de outubro de 2024, o convite à apresentação de propostas para apoio ao desenvolvimento de ações de informação sobre a Política Agrícola Comum (PAC) para 2025. 

São cofinanciados projetos que sensibilizem e informem os cidadãos sobre os objetivos da PAC e o seu papel no apoio à agricultura e ao desenvolvimento rural da União Europeia (UE), na salvaguarda de um modelo agrícola competitivo e sustentável a nível económico, social e ambiental. 

As ações propostas devem centrar-se no papel que a PAC e os Planos Estratégicos Nacionais desempenham no apoio ao setor agrícola e às zonas rurais da UE, procurando garantir um rendimento justo para os agricultores, garantir a segurança alimentar, incentivar a renovação geracional e reforçar a transição para sistemas de produção mais sustentáveis.

A apresentação de candidaturas deve ser efetuada até 16 de janeiro de 2025 no Portal de financiamento e concursos da CE.

Ver mais informação


 
Publicações
Planos da Política Agrícola Comum – Mais ecológicos, mas não correspondem às ambições da UE para o clima e o ambiente
Planos da Política Agrícola Comum – Mais ecológicos, mas não correspondem às ambições da UE para o clima e o ambiente

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) avaliou se os Planos Estratégicos Nacionais para 2023-2027 proporcionam uma base sólida para a realização dos objetivos definidos pela Política Agrícola Comum (PAC) para o clima e o ambiente. 

Concluiu que, embora se verifique melhorias face ao período de programação anterior, com base na análise, os planos da PAC não estão de acordo com o Pacto Ecológico, não correspondendo às ambições da União Europeia (UE) em matéria de clima e ambiente, faltando elementos fundamentais para avaliar o desempenho ecológico. Recomenda que a Comissão Europeia (CE) promova o intercâmbio de boas práticas ecológicas nos planos, reconheça o contributo da PAC para as metas ambientais e climáticas do Pacto Ecológico e reforce o futuro quadro de acompanhamento da PAC relativo ao clima e ao ambiente.   

TCE, Relatório Especial 20/2024, setembro de 2024 | ver publicação (pdf)
 
Adaptação às alterações climáticas na UE – As medidas não estão à altura das ambições
Adaptação às alterações climáticas na UE – As medidas não estão à altura das ambições

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) avaliou o quadro e o financiamento da União Europeia (UE) em matéria de adaptação às alterações climáticas, tendo analisado o contributo de 19 projetos de adaptação da União Europeia (UE), relativos ao período de 2014-2020.
Destaca o risco de a política de adaptação da UE não acompanhar o ritmo das alterações climáticas, apesar de existir um quadro sólido para dar resposta. As políticas de adaptação dos países analisados estavam alinhadas com a estratégia da UE, mas a aplicação a nível local revelou dificuldades e conflito de prioridades, para além do desafio do controlo, considerando as diferentes fontes de financiamento.  
São recomendadas à Comissão medidas que permitam melhorar a comunicação de informações; desenvolver e promover os instrumentos da UE para a adaptação às alterações climáticas; e garantir que todos os projetos pertinentes financiados sejam adaptados às condições climáticas atuais e futuras.

TCE, 16 outubro de 2024 | ver publicação (pdf)
 
Apoio à manutenção, restauro e estabelecimento de sistemas agroflorestais
Apoio à manutenção, restauro e estabelecimento de sistemas agroflorestais

Análise sobre o estado atual do setor agroflorestal em seis Estados-Membros (EM) da União Europeia (UE): Bélgica, República Checa, França, Grécia, Itália e Espanha. Apresenta uma panorâmica da experiência relacionada com a sustentabilidade, restauração ou estabelecimento dos sistemas agroflorestais, e das abordagens bem-sucedidas e obstáculos que os condicionam e analisa as ferramentas utilizadas no âmbito dos Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum (PAC) para apoiar o setor agroflorestal.

Destaca a tendência da maioria dos EM não utilizarem a totalidade de medidas de apoio ao setor agroflorestal, a limitada dotação orçamental afeta ao setor e o fraco conhecimento dos agricultores sobre os requisitos regulamentares que condiciona a instalação de novos sistemas agroflorestais. Recomenda a necessidade de maior sensibilização e capacitação dos intervenientes do setor para garantir a implementação eficaz das intervenções previstas nos planos, assim como maior investimento em projetos e iniciativas transnacionais passíveis de alavancar o conhecimento e inovação aplicados em todos os EM.  

EU CAP Network, setembro de 2024 | ver publicação (pdf) (EN)

 
Perspetivas a curto prazo para os mercados agrícolas da UE – outono de 2024
Perspetivas a curto prazo para os mercados agrícolas da UE – outono de 2024

As perspetivas a curto prazo dos mercados agrícolas apresentam sinais positivos de regresso parcial à estabilidade, mas a situação permanece frágil devido a questões relacionadas com o clima, pressões sanitárias no setor animal e desafios na conjuntura comercial.

A conjuntura macroeconómica e de preços dos alimentos sugere potenciais melhorias na procura de produtos agroalimentares na maioria dos setores. Os custos dos fatores de produção diminuíram de forma constante nos últimos meses e as últimas previsões não apontam para um aumento significativo dos custos da energia para os agricultores da União Europeia (UE). O mercado de fertilizantes também está a estabilizar gradualmente, com os preços a diminuírem ligeiramente. No entanto, a descida dos preços dos cereais e a diminuição das colheitas devido aos fenómenos meteorológicos extremos de 2024, podem criar alguns desafios financeiros para os agricultores em 2025 na compra de fertilizantes, com impacto na previsão de produção.

Comissão Europeia, outubro de 2024 | ver publicação (pdf) (EN) | anexo estatístico (pdf) (EN)
 
Ver outras publicações
Legislação 
Diário da República / Jornal Oficial da UE
Agricultura, Pescas e Florestas | Outros
Clique para ver página de legislação
 
www.gpp.pt
LinkedIn
Facebook
YouTube
RSS
Copyright © *|CURRENT_YEAR|* *|LIST:COMPANY|*. Todos os direitos reservados

Contacto: comunicacao@gpp.pt

Quer alterar a subscrição desta newsletter?
Pode atualizar as suas preferências ou cancelar a subscrição