Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia – 26 de setembro de 2022
Os Ministros da Agricultura da União Europeia (UE) reuniram-se a 26 de setembro, em Bruxelas, no Conselho Agrifish presidido pelo Ministro da Agricultura Checo, Zdeněk Nekula.
A atual situação do mercado agrícola e a crise na Ucrânia dominaram a agenda da reunião, tendo também sido debatidas questões em torno da articulação da UE com outros países no que respeita ao setor das pescas.
Apesar da reabertura dos portos do Mar Negro, do nível relativamente estável de produção de cereais e das rotas de transporte que vieram possibilitar a entrega de colheitas ucranianas a países terceiros, os ministros salientaram que os efeitos do conflito militar Rússia-Ucrânia continuam a afetar significativamente os mercados agrícolas da UE e do mundo em geral. Manifestaram o compromisso na estreita coordenação para combater as consequências desta situação, nomeadamente através do desenvolvimento de logística para a exportação ucraniana e conexão de negócios para responder melhor à oferta e procura da produção agrícola da Ucrânia. Foi também expresso um apelo para que se invista mais em corredores solidários, considerando também em particular os desafios em torno da segurança alimentar.
Durante a sessão, foram debatidas as orientações para a fixação das possibilidades de pesca para stocks partilhados com Reino Unido, Noruega e Estados Costeiros para 2023, considerando as mudanças corridas nas quotas de pesca após o Brexit. Neste contexto, Portugal defendeu que as consultas anuais devem concluir-se até ao Conselho de dezembro para providenciar estabilidade ao setor pesqueiro da União. A posição de Portugal reforça a importância da Comissão investir “todos os esforços necessários para obter acordos positivos e equilibrados para os pescadores europeus em 2023”.
Na agenda do Conselho foram ainda abordados outros assuntos, nomeadamente o estado do stock da enguia europeia, proteção de ecossistemas marinhos vulneráveis, aspetos agrícolas da proposta de diretiva relativa às emissões industriais, proposta de utilização sustentável dos produtos fitofarmacêuticos, aumento dos consumidores de carne e o seu impacto no setor agrícola, manutenção de prados permanentes ao abrigo da nova Política Agrícola Comum (PAC) e a atual situação do setor dos laticínios.
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