Livro do Centenário do Ministério da Agricultura

OS TEMPOS DA ADESÃO À COMUNIDADE EUROPEIA (1977-1986) // 88 // Transcrevo de seguida um pouco da justificação do método: “Ao afirmarmos que é possível ultrapassar a situação de baixa produtividade existente na nossa Agri- cultura. (…) Uma primeira análise é-nos dada pela taxa de crescimento médio do Produto Agrícola Bruto (PAB) na década de 60 em países mediterrânicos comparáveis com o nosso: Espanha 2,5%; Tur- quia 2,5%; Grécia 2,9%; Portugal 1,2%.(…) Se a produtividade (dos fatores de produção) na Agri- cultura portuguesa, em 1973 123 , tivesse sido igual à da Grécia no período de 1972-1974, a nossa pro- dução, em 1973, teria bastado para satisfazer o consumo interno nesse ano. Ora, no referido ano (1973), nós importámos 50% das nossas necessidades alimentares.” Agora comparemos este método de analisar e direcionar investimentos e medidas de política, com os “objetivos” dos anteriores Planos. Tanto no I PFN (1953-1958) como no II PFN (1959- 1964): “Colonização Interna; Fomento hidroagrícola; Florestação”. Como se pode ajuizar, estes “objetivos” não foram mais do que mandatos para os Serviços da então Secretaria de Estado da Agricultura. 123. Em áreas iguais e em sistemas de produção (culturas) comparáveis.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0OTkw