Livro do Centenário do Ministério da Agricultura

A MEMÓRIA E OS TEMPOS // 39 // Desde então para cá, o Ministério da Agricultura, ou quando foi o caso, a Secretaria de Estado da Agricultura, têm juntado a estas valências muitas mais: Florestas, Desenvolvimento Rural, Pescas e até Ambiente. Aquilo que aconteceu antes e depois da Grande Guerra (dela) mostrou duas necessidades: o pa- pel regulador do Estado em “modelo q. b.” (quanto baste); a necessidade de se colocar numa base sólida (e não ao sabor das composições políticas) as políticas para a agricultura (a produ- ção) e a política para a alimentação (o consumo). Esta sugestão não é “mais uma moda”, sendo, pelo contrário, cada vez mais necessária. As questões muito atuais do debate sobre a saúde (tanto nossa como dos animais) irão conduzir a uma reforma da PAC, no sentido de esta ser direcionada cada vez mais para a qualidade ali- mentar. O Ministro da Agricultura deverá, pois, acolher na sua orgânica a nossa capacidade de res- posta, tomando a designação de Ministério da Agricultura e da Alimentação, sob pena de, num futuro imediato, este “lado alimentar” ( já em marcha) da PAC ir para, ou ser dispersado entre outros ministérios (Ambiente, Saúde, etc.). Fonte: Agricultura, Pecuária e Pescas em Portugal: da Monarquia para a República, de Oliveira Marques e Fernando Rollo. Ed. Presença Quadro I Produção, importação e consumo de trigo em Portugal ANOS PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO CONSUMO 1913 157 570 168 918 326 488 1914 189 305 141 022 330 327 1915 180 308 123 998 304 206 1916 203 030 182 182 385 052 1917 200 603 62 393 262 996 1918 262 253 43 223 305 471 1919 220 568 112 189 332 747 1920 277 151 121 780 400 340 Toneladas/ano

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