Livro do Centenário do Ministério da Agricultura
A MEMÓRIA E OS TEMPOS // 137 // encimavam as produções típicas da zona agroclimática principal dos então E.M. fundadores da Comunidade Europeia. Por tudo isto, as soluções para corrigir os desequilíbrios iniciais, não podem ser, por seu lado, de caráter radical. – Os Alargamentos da U.E., desde 1973 até aos de 2004 (dos PECO) também não ultrapassa- ram esta situação. Mas será que este modelo se poderá manter? 4. UM BALANÇO DIFICILMENTE JUSTIFICÁVEL Concretamente, e no que respeita ao atual período orçamental, de 2014 a 2021, os dinheiros da PAC resumem-se assim 168 : Os 52 biliões de euros dos subsídios europeus (as Ajudas Diretas) que os contribuintes europeus dos 28 Estados-membros pagam em cada ano para os seus agricultores 169 são (na atual PAC) muito desigualmente repartidos por Países e por agricultores. – 9 biliões de euros foram para a França 170 . E – 1/5 (ou seja 20%) do total de agricultores da U. E. recebeu 4/5 (ou seja 80%) dos subsídios eu- ropeus. – No caso da França, foram respetivamente, 10% e 30%. Em face dos referidos dinheiros da atual PAC, a U.E. tem: – 20 milhões de desempregados E – 7,4 milhões de empregos a tempo inteiro foram perdidos na Agricultura, entre 2005 e 2013. Por outro lado este modelo da PAC, relativo à cerealicultura, e apenas na sua faceta mais in- tensiva (mas falsamente competitivas), acentua a desregulação climática. Dois extremos meteo- rológicos, recentes, são prova disso. Assim: – Neste ano, e no recente verão, a vaga de calor que provocou na Europa um grande incêndio na floresta boreal na Suécia, fez também mirrar as searas de trigo na Alemanha. E a tal ponto 169. Para lá dos totais no montante na Comissão Europeia (C. E.) só disponho de informação no caso da França. Mas esta é o E.M. que mais Ajudas Diretas recebe. 170. Dados respeitantes ao ano de 2017.
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