Cultivar_8_Digital

No caso dos habitats naturais, as pressões e amea- ças mais frequentes encontram-se associadas às espécies invasoras, à alteração dos sistemas natu- rais, à perturbação humana e a práticas agrícolas e silvícolas inadequadas. Pese embora a dependência da utilização agrícola ou florestal do território, determinadas práticas não sustentáveis sobretudo de matriz intensiva, são fato- res de pressão sobre a biodiversidade e os ecossis- temas, bem como sobre outras componentes estru- turantes do capital natural, como a qualidade e a quantidade da água e do solo, aspetos que mere- cem a maior atenção. A presença de espécies exóticas invasoras implica, desde logo, um impacte negativo ambiental, sani- tário e/ou económico, por vezes muito elevado e gerador de desequilíbrios. Estas espécies, territorial- mente disseminadas e estabelecidas de modo muito amplo, deverão ser geridas numa perspetiva de con- trolo dos seus impactos e de contenção face à ocu- pação de novos territórios. Para as espécies da flora e da fauna destacam-se, entre os fatores de pressão e ameaça, a alteração dos sistemas naturais, nomeadamente a artificiali- zação da rede hidrográfica, a sua fragmentação por construção e barragens, a alteração do regime natu- ral dos caudais, drenagem e aterro de zonas húmi- das e sobre exploração dos recursos hídricos, fatores frequentemente referidos como constrangimentos à manutenção das condições exigi- das pelas espécies associadas a massas de água (peixes, molus- cos, odonatas, anfíbios, quirópte- ros, alguns outros mamíferos e rép- teis). Estas preocupações são aliás abordadas no âmbito dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica com a identificação das pressões e ameaças, sendo estabelecidas medidas para a sua redução, no sentido da melhoria do estado das massas de água afetadas. No caso das aves, a recente avaliação indica que para o Continente as pressões/ameaças identifi- cadas como tendo maior impacto são a alteração dos sistemas naturais e as práticas agrícolas e silví- colas inadequadas. A perturbação humana é tam- bém apontada como fator negativo com expressão (Figura 12). Nos Açores, as espécies invasoras e os processos naturais bióticos e abióticos ( e.g. preda- ção e competição interespecífica) são apontados como as pressões/ameaças mais frequentes (Figura Continente Agricultura Silvicultura Actividade mineira e extractiva e produção de energia Transportes e corredores de serviços Urbanização, desenvolvimento residencial e comercial Utilização rec. biológicos além agricultura e silvicultura Perturbação humana Poluição Alteração dos sistemas naturais Processos naturais bióticos e abióticos Ameaças e pressões fora do Estado-Membro - - - • 0 10 20 30 40 50 % Figura 12: Percentagem de aves afetadas com maior intensidade, por tipologia de pressão/ameaça, no Continente Fonte: ICNF, 2014. Relatório Nacional do Art. 12º da Diretiva Aves – 2008/2012 Figura 13: Percentagem de aves afetadas com maior intensidade, por tipologia de pressão/ameaça, nos Açores A � ores Sivicultura Utilização rec. biológicos além agricultura e silvicultura Poluição Espécies invasoras Alteração dos sistemas naturais Processosnaturaisbióticos e abióticos 0 20 40 60 80 100 % Fonte: ICNF, 2014. Relatório Nacional do Art. 12º da Diretiva Aves – 2008/2012 Figura 14: Percentagem de aves afetadas com maior intensidade, por tipologia de pressão/ameaça, na Madeira Fonte: ICNF, 2014. Relatório Nacional do Art. 12º da Diretiva Aves – 2008/2012 Madeira Espécies invasoras Alteração dos sistemas naturais Processos naturais bióticos e abióticos Eventos geológicos e catástrofes naturais 0 10 20 % 30 40 50

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