Cultivar_7_O risco na atividade economica

cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 7 MARÇO 2017 62 e 21% na produção (uma vez que o valor médio da produtividade segura se manteve, enquanto o valor nacional aumentou); na pera, apesar de não haver acréscimos na representatividade da área, a representatividade da produção segura registou uma subida muito significativa (65%), uma vez que a produção segura aumentou enquanto a produção nacional decresceu; no olival para azeite, ambas as representatividades aumentaram cerca de 50% e no arroz os acréscimos situam-se na ordem dos 300%. O pêssego e a cereja tiveram uma redução expressiva na representatividade área segura/área cultivada que passou, em ambas as culturas, para cerca de metade e na representatividade da pro- dução, onde a redução foi de 77% e 66%, respeti- vamente. Despesa pública com o seguro No Gráfico 11, apresenta-se a evolução da despesa pública com o seguro, por cada 1 000€ de capital seguro, sendo de assinalar a redução do encargo Gráfico 10 – Produção segura/Produção cultivada 0% 20% 40% 60% 80% Vinha vinho Tomate Olival azeite Maçã Pêra Pêssego Cereja Arroz Aveia Cevada Milho Trigo TriBcale SIPAC (1997 a 2013) SSA (2014 a 2015) Fonte: IFAP, INE Gráfico 10: Produção segura/Produção cultivada para o Estado a partir de 2012, em consequência da entrada em vigor dos novos seguros, cofinanciados. Sinistralidade Relativamente à análise da sinistralidade, e de acordo com o Gráfico 12, constata-se a existência de dois subperíodos distintos: um primeiro período, de 1997 a 2006, no qual a maioria (70%) dos anos apresenta valores de indemnizações/capital inferio- res à média global (7 em 10 anos) e outro, de 2007 a 2015, em que esta situação ocorre apenas num ano, isto é em 11% dos anos. O rácio indemnizações/capital no primeiro período corresponde a 4,6%, enquanto no segundo período sobe para 5,6% (+ 22%). Este acréscimo verifica-se porque a redução do montante do capital médio anual (-44%) foi superior à diminuição do valor da indemnização média anual (32%), ou seja, ao contrário do que seria desejável, saiu do seguro, essencialmente o capital associado a situações de menor risco, contribuindo para o aumento da sele- ção adversa. Fonte: IFAP Gráfico 12: Evolução do rácio indemnizações/capital seguro (1997 a 2015) Relativamente ao rácio indemnizações/prémios (Gráfico 13), verifica-se que este aumentou no segundo período (+42%), tendo em conta que a diminuição ocorrida no valor do prémio médio anual (-53%) foi superior à quebra registada no valor médio anual das indemnizações (-32%). Este facto evidencia que, nos últimos nove anos, existe uma tendência dos prémios para se aproximarem das indemnizações. Gráfico 11 – Evolução da despesa pública/1.000€ de capital seguro (1997 a 2015) 0 € 10 € 20 € 30 € 40 € 50 € 60 € 70 € 80 € 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nacional Comunitário Fonte: IFAP Gráfico 11: Evolução da despesa pública/1.000€ de capital seguro (1997 a 2015)

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