Cultivar_7_O risco na atividade economica

61 O seguro agrícola em Portugal – evolução, perspetivas futuras e importância do seguro num sistema de gestão de riscos No Gráfico 7, é bem evidente a diferença entre o custo do seguro para o agricultor na cultura da maçã, quando comparado, quer com o valor médio de todas as culturas (sem incluir a vinha), quer com as mais representativas no seguro. Note-se que, o afastamento do custo da maçã relativamente à média mantém-se em todo o período em análise, o que tem a ver com a circunstância dos contratos de seguro para esta cultura incidirem, essencialmente, nas regiões de sinistralidade mais elevada (interior Norte, onde se concentra, em média, 83% do capi- tal seguro de maçã). Nos três últimos anos do SIPAC (2011 a 2013), o afastamento acentuou-se bastante, em resultado da conjugação da descida do nível médio de bonificação e da subida das taxas comer- ciais praticadas, essencialmente decorrente da ele- vada sinistralidade registada nos anos anteriores. Fonte: IFAP Gráfico 7: Evolução do prémio líquido/1 000€ capital seguro por cultura (1997 a 2015) No Gráfico 8, apresenta-se a evolução da taxa comercial média, abrangendo quer o período do SIPAC, quer o do novo seguro. Gráfico 8 – Evolução da taxa comercial média (1997 a 2016) 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Vinha (SIPAC + SVC) Restantes culturas (SIPAC + SC) Fonte: IFAP Gráfico 8: Evolução da taxa comercial média (1997 a 2016) O comportamento da evolução da taxa comer- cial média na vinha (SIPAC + SVC) e nas restan- tes culturas (SIPAC + SC) foi diferente ao longo do período em análise. No caso da vinha, a evolução da taxa média mostra uma tendência decrescente, que tem vindo a ocorrer de forma gradual, desde 1999 (-55%, de 1999 a 2016). Nas outras culturas, o decréscimo só foi notório a partir de 2010 (-47%, de 2010 a 2016), tendo-se acentuado a partir de 2013 (-34%, de 2013 a 2016). Este facto deveu-se essen- cialmente à aplicação, já no âmbito do novo SC, do requisito comunitário (Reg. (UE) n.º 1305/2013) rela- tivo ao PMI, que ao passar para um valor único de 30%, diminuiu a exposição da seguradora ao risco (prejuízos inferiores a 30% não são indemnizáveis), que se traduziu numa redução expressiva dos pré- mios comerciais praticados. Área segura e Produção segura Da comparação da representatividade, quer da área segura na área cultivada, quer da produção segura na produção total, para as principais culturas segu- ras, entre o período de vigência do SIPAC e o do SSA, resulta que ambas apresentam decréscimos, com exceção do olival para azeite e do arroz (Grá- ficos 9 e 10). Gráfico 9 – Área segura/Área cultivada 0% 20% 40% 60% 80% Vinha vinho Tomate Olival azeite Maçã Pêra Pêssego Cereja Arroz Aveia Cevada Milho Trigo TriBcale SIPAC (1997 a 2013) SSA (2014 a 2015) Fonte: IFAP, INE Gráfico 9: Área segura/Área cultivada Focando-nos apenas na evolução nos últimos anos, e comparando 2013 (último ano do SIPAC) com 2015 (último ano do SSA com dados disponíveis por cultura), merecem particular referência as seguin- tes situações: na vinha, maçã e cereais, os valores mantêm-se dentro da mesma ordem de grandeza; no tomate registaram-se subidas de 49% na área

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