Cultivar_7_O risco na atividade economica

cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 7 MARÇO 2017 60 Gráfico 4 – Evolução do capital seguro/agricultor (1997 a 2015) 0 € 4,000 € 8,000 € 12,000 € 16,000 € 20,000 € 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 preços correntes preços constantes 1997 Fonte: IFAP Gráfico 4: Evolução do capital seguro por cultura (1997 a 2015) Prémios comerciais e Bonificações Em termos evolutivos, verifica-se que, no essencial, os prémios e as bonificações registaram a mesma tendência (Gráfico 5). Após um aumento suces- sivo entre 1997 e 1999, seguiu-se uma tendência decrescente até 2007, com um posterior aumento em 2008. Nos dois anos seguintes, os valores manti- veram-se praticamente constantes, tendo-se regis- tado uma nova redução entre 2011 e 2014, no caso dos prémios e até 2013, no caso das bonificações. Gráfico 5 - Evolução dos prémios e bonificações a preços constantes 1997 (1997 a 2016) 0 € 10 € 20 € 30 € 40 € 50 € 60 € 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Millions Prémios Bonificações Fonte: IFAP Gráfico 5: Evolução dos prémios e bonificações a preços constantes 1997 (1997 a 2016) Relativamente ao prémio líquido a cargo do agri- cultor por 1 000€ de capital seguro, e com vista a permitir fazer uma apreciação já englobando o SC e o SVC, apresenta-se no Gráfico 6 a evolução des- tes dois seguros em separado. Nos três primeiros anos do SIPAC (1997 a 1999), o valor apresentou-se relativamente baixo, tendo-se seguido uma subida muito significativa em 2000 (109% na vinha e 82% nas restantes culturas), devido à redução expressiva que se verificou no nível médio de bonificação dos prémios (-21%). Entre 2000 e 2011, quer na vinha, quer nas restan- tes culturas, o valor do indicador não registou osci- lações muito acentuadas. Nos anos de 2012 e 2013, no que se refere às restantes culturas, ocorreu um súbito crescimento deste indicador, que esteve essencialmente associado a uma redução do nível médio de bonificação (-20%), decorrente da opção contratual (seguradora/segurado) de adoção de um prejuízo mínimo indemnizável (PMI) de 5% 1 , cir- cunstância que limitava o nível máximo de bonifi- cação a 50%. Já no primeiro ano de funcionamento do SC, registou-se uma súbita quebra do prémio líquido a suportar pelo agricultor (-60% face ao ano anterior e -36% face à média de todo o período do SIPAC), essencialmente decorrente da aplicação do PMI de 30%, que como atrás referido, se traduziu numa redução dos prémios comerciais praticados. Quanto à vinha, não se identificam oscilações sig- nificativas neste indicador, após 2012. Gráfico 6 – Evolução do prémio líquido/1.000€ capital seguro (1997 a 2016) 0 € 10 € 20 € 30 € 40 € 50 € 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Vinha (SIPAC + SVC) Restantes culturas (SIPAC + SC) Fonte: IFAP Gráfico 6: Evolução do prémio líquido/1.000€ capital seguro (1997 a 2016) Consideramos interessante analisar o compor- tamento da evolução do prémio líquido a cargo do agricultor (por 1 000€ de capital seguro), para o grupo das restantes culturas (não incluindo a vinha), com maior representatividade no seguro de colheitas (83% do capital seguro total sem vinha). 1 Para um PMI de 5%, o nível máximo de bonificação era de 50%; para um PMI de 30%, o nível máximo de bonificação era de 70%.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0OTkw