Cultivar_7_O risco na atividade economica

59 O seguro agrícola em Portugal – evolução, perspetivas futuras e importância do seguro num sistema de gestão de riscos agricultores como o subsídio, que foi atribuído em 1997, e sempre condicionadas à vontade da banca de conceder o crédito; • o facto de nem sempre se ter declarado calami- dade, e consequentemente acionado o Fundo de Calamidades, quando se verificaram prejuízos avultados (superiores a 50%) provocados por ris- cos não cobertos; • a redução que se verificou, durante o período de vigência do SIPAC, no número de explorações existentes no país, principalmente nas de área mais reduzida, nas quais se enquadram algumas das explorações abrangidas pelo seguro (note-se que a área média por agricultor com seguro no SIPAC era de 4,2 ha). Gráfico 1 – Evolução do número de agricultores (1995 a 2015) 0 20,000 40,000 60,000 80,000 100,000 120,000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 antes SIPAC SIPAC SC SVC SFH-OP Fonte: IFAP Gráfico 1: Evolução do número de agricultores (1995 a 2015) Após 2013, e já no período em que passou a vigorar o novo sistema de seguros SSA (2014 e 2015), cons- tata-se que a adesão regista uma ligeira tendência de crescimento, que pode ser já consequência das características inerentes ao novo seguro, designa- damente a introdução de novos riscos e a existên- cia de contrato de seguro como critério de priori- dade/majoração relativamente a outros regimes de apoio público (investimento). No que diz respeito ao capital seguro (Gráfico 2), verifica-se que, no essencial, a sua evolução acom- panhou a adesão do número de agricultores, regis- tando-se contudo uma subida pronunciada, desde a criação do novo sistema de seguros, quer a pre- ços constantes, quer a preços correntes. Gráfico 2 – Evolução do capital seguro (1995 a 2016) 0 € 100 € 200 € 300 € 400 € 500 € 600 € 700 € 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Millions antes SIPAC SIPAC SC SVC SFH-OP Total preços constantes 1997 Fonte: IFAP Gráfico 2: Evolução do capital seguro (1995 a 2016) Ao nível da representatividade do capital seguro por cultura, destacam-se, no período em análise (1997 a 2015) a vinha para vinho (48%), os cereais (17%), as pomóideas (14%) e o tomate (10%), que no seu con- junto representam 89% do capital. No período do SSA, merece especial destaque a subida da repre- sentatividade da cultura do tomate para 18% (no SIPAC representava 9%) e do olival, que representa agora 12% do total de capital (enquanto no SIPAC representava apenas 1,5%). No Gráfico 3 apresen- ta-se a evolução da distribuição do capital seguro por cultura. Gráfico 3 – Evolução do capital seguro por cultura (1997 a 2015) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Cereais Pomóideas Prunóideas Olival Tomate Vinha para vinho Restantes culturas Fonte: IFAP Gráfico 3: Evolução do capital seguro por cultura (1997 a 2015) No capital médio por agricultor verifica-se uma ten- dência de aumento, que se acentuou nos últimos anos, após a entrada em funcionamento do novo sis- tema de seguros (Gráfico 4). Este acréscimo (quer a preços constantes, quer a preços correntes), deve-se, essencialmente, ao aumento da área média segura por agricultor, que passou de 4,2 ha no período do SIPAC para 6,4 ha (+52%), nos dois primeiros anos de funcionamento do novo sistema (2014 e 2015).

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