Cultivar_7_O risco na atividade economica

15 O risco na atividade agrícola PHIL HOGAN Comissário da UE para Agricultura e o Desenvolvimento Rural Introdução Desde a sua criação há quase 60 anos, a Política Agrícola Comum (PAC) passou por diversas refor- mas que fizeram de uma política de forte regula- ção do mercado uma política que conseguiu uma bem-sucedida integração da agricultura da UE nos mercados globais. Este êxito aumentou as oportu- nidades de exportação para os agricultores, mas aumentou também a sua exposição às incertezas da produção e à volatilidade do rendimento. Graças à qualidade e à segu- rança que a PAC garante aos nossos produtos agroali- mentares, a Europa é hoje o maior exportador mundial neste setor, com um saldo positivo de cerca de 20 mil milhões de euros, compa- rado com 2,6 mil milhões há 6 anos. Só no ano passado, as exportações aumenta- ram 6%, o que significa enormes novas oportuni- dades para os nossos agricultores e empresas. Os nossos agricultores enfrentam, todavia, uma gran- de variedade de riscos potenciais, nomeadamente: • Riscos associados aos mercados agrícolas em termos de níveis de preços e volatilidade, interli- gações com outros produtos (e.g. petróleo, gás), mercados financeiros e outros fatores macroe- conómicos (e.g. taxas de câmbio) que afetam a dinâmica tanto da oferta como da procura; • Riscos associados à produção agrícola relacio- nados com o ambiente (e.g. riscos relacionados com a saúde animal e vegetal) e as alterações climáticas; • Riscos associados ao quadro financeiro, institu- cional, jurídico e político (e.g. alterações de legis- lação). Os riscos influenciam dire- tamente as perspetivas de rendimento dos agriculto- res e a sua capacidade de se manterem na atividade. Podem também ter um impacto no planeamento a longo prazo e na deci- são de fazer investimentos que reforcem a competitivi- dade. Uma gestão eficaz dos riscos “na exploração” torna-se assim imperativa para manter e melhorar a viabilidade de cada exploração agrícola, a compe- titividade e a resiliência do setor agrícola da UE no seu conjunto, assim como o seu contributo para a economia das zonas rurais da UE e a vida das suas populações. Uma gestão eficaz dos riscos “na exploração” torna-se assim imperativa para manter e melhorar a viabilidade de cada exploração agrícola, a competitividade e a resiliência do setor agrícola da UE no seu conjunto, assim como o seu contributo para a economia das zonas rurais da UE e a vida das suas populações.

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