Cultivar_6_Comercio Internacioanl

Que modelo de comércio internacional para a agricultura e alimentação? 35 desenvolver uma filosofia de gestão muito baseada na transparência, no compromisso e na sustentabi- lidade, valores muitas vezes não tão relevantes nes- tes sectores. A dimensão atual da empresa provocou um grande dinamismo na região, nomeadamente na produção de cereais e outras matérias-primas, fornecimento de serviços, etc. Reunidas as condições iniciou-se um processo comercial de vendas para o exterior, que neste momento ultrapassam os 90% da produção total da empresa, fundamentalmente para o Norte de Africa e Medio Oriente. Este processo tem passado por uma obrigató- ria colaboração estreita com as entidades oficiais, nomeadamente veterinárias, no sentido de viabili- zar a abertura de novos mercados e, ao longo dos processos, solucionar os imponderáveis que sem- pre surgem em operações desta complexidade. Ainda no início do percurso, dois anos volvidos sobre o renascimento da empresa, temos vivido todas as “dores”, mas também os desafios e as oportunidades de um negócio internacional, que referimos acima. Podemos, no entanto, atestar que o sector agrope- cuário bovino em Portugal se encontra de excelente saúde, fundamentalmente devido a este movi- mento de viragem para o exterior, com valorização da qualidade e efeitos benéficos para toda a cadeia de valor. Internacionalizar num sector tradicional é possível e é desejável. Não é o “ El Dorado ”. Não é a salvação de empresas falidas. Tem obrigatoriamente que ser feito de forma estru- turada, com forte preparação prévia e capacidade de investimento. Citando Darwin e a sua teoria da evolução, “não são os mais fortes que sobrevivem, mas os que melhor se adaptam”!

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