Cultivar_5_Economia da agua

CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 5 SETEMBRO 2016 50 No entanto, esta tendência que ressalta dos núme- ros globais resulta de realidades diversas que podem ser observadas em informação mais detalhada. Se olharmos para a tendência dos valores de superfície irrigável por território (Figura 5), observam-se com- portamentos e tendências muito distintos. Fonte: Recenseamentos Agrícolas e Inquéritos às Estruturas das Explorações Agrícolas O Norte e Centro revelam quebras constantes da superfície irrigável muito significativas, apresen- tando em 2013 apenas 40% do total da superfície irrigável que existia em 1989. O Alentejo, pelo con- trário, mostra um acréscimo considerável (53%), devido sobretudo ao Alqueva mas também ao aumento de regadios privados. A concentração da superfície predominantemente irrigada no litoral, em particular junto a áreas metro- politanas, em que o custo de oportunidade do uso agrícola é maior, poderá ser uma explicação para a diminuição superfície irrigada. Para além disso, a coincidência territorial da superfície irrigada com a área em que predomina a pequena agricultura é outro fator que acentua a tendência. Nesta curta nota apresentam-se algumas constata- ções, com o objetivo de contribuir para a reflexão sobre a importância da introdução do regadio nos sistemas de produção agrícola, que não permitem tirar conclusões definitivas, o que necessitará de análises mais aprofundadas que o GPP, em articu- lação com a DGADR e outras entidades, irá desen- volver. Figura 5 – Evolução da superfície Irrigável por região agrária (IND 100 = 1989) Fonte: Recenseamentos Agrícolas e Inquéritos às Estruturas das Explorações Agrícolas

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