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Evolução do Potencial Produtivo e das Produtividade Agrícolas Portugal Continental – 1999-2009 69 Lezíria, no quadro da diminuição global de 27%, o que permitiu a este território passar de uma quota de 9% para 15% do potencial desta atividade no Continente. O segundo é a horticultura extensiva, cujo poten- cial aumentou 10% no Continente, exclusivamente com base no Oeste e Lisboa-Setúbal e, sobretudo, no Alentejo e Lezíria, tendo este último mercê de um aumento de 26% passado a deter, em 2009, 58% do potencial da atividade, contra 50% em 1999. O terceiro e último exemplo são as culturas perma- nentes regadas. O acréscimo do seu potencial foi de 17%, devido apenas à dinâmica da vinha e do olival regados e concentrou-se principalmente nos rega- dios do sul. O crescimento em 1999-2009 do poten- cial do Alentejo e Lezíria nas culturas permanentes regadas foi de 185%, passando de uma quota de 12% para 30% do total do Continente. peso conjunto do Norte e Centro Interior e da Tran- sição Centro diminuiu 3,3%). Estas alterações de potencial relativo dos Macro Territórios não foram apenas o reflexo na dimensão territorial da dinâmica das atividades, que benefi- ciou os espaços mais especializados nas atividades com uma evolução mais favorável. De facto, existiu conexão causal entre as evoluções do potencial das atividades e dos territórios. Por exemplo, a drástica quebra do potencial de produção leiteira penali- zou sobretudo o Norte e Centro Litoral, enquanto o grande aumento do efetivo de vacas aleitantes beneficiou principalmente a Beira Baixa e Alentejo e o Alentejo e Lezíria e, em menor grau, algumas zonas do Norte e Centro Interior. Mas há também importantes exemplos que esca- pam a este tipo de explicação, dos quais se refe- rem três elucidativos. O primeiro localiza-se na própria atividade vacas leite, cujo potencial aumentou 26% no Alentejo e 6. Evolução do Potencial Produtivo Agrícola do Continente, por Setores e por Macro Territórios Peso no Potencial Produtivo Agrícola do Continente em 1999 “Variação % do Potencial Produtivo 1999-2009 Peso no Potencial Produtivo do Continente em 2009 Δ Peso % no Poten- cial Agrícola Setor Animal Setor Vegetal Agrícola Total Animal Vegetal Agrícola Total Setor Animal Setor Vegetal Agrícola Total (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) = (9) - (3) Norte e Centro Litoral 12,6% 8,5% 21,1% -24,3% -31,9% -27,4% 11,7% 7,1% 18,8% -2,3% Oeste e Lisboa- -Setúbal 2,9% 12,1% 15,0% -29,3% -22,2% -23,5% 2,5% 11,5% 14,0% -0,9% Algarve 0,3% 3,1% 3,4% -41,3% -33,3% -34,1% 0,2% 2,5% 2,8% -0,7% Norte e Centro Interior 3,9% 8,1% 12,0% -30,2% -25,0% -26,7% 3,4% 7,4% 10,8% -1,2% Transição Centro 3,2% 7,2% 10,4% -38,6% -33,2% -34,9% 2,4% 5,9% 8,3% -2,1% Douro Vitícola 0,2% 3,7% 3,9% -29,5% -1,5% -3,1% 0,2% 4,4% 4,6% 0,7% Beira Baixa e Alentejo 4,1% 6,8% 10,9% -2,9% -22,2% -14,9% 4,9% 6,4% 11,3% 0,5% Alentejo e Lezíria 6,1% 17,2% 23,4% 12,5% -0,6% 2,9% 8,4% 21,0% 29,4% 6,1% Continente 33,4% 66,6% 100,0% -17,6% -18,7% -18,4% 33,7% 66,3% 100,0% 0,0%
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