Cultivar_4_Tecnologia

Evolução do Potencial Produtivo e das Produtividade Agrícolas Portugal Continental – 1999-2009 67 los das duas grandes classes de produtivi- dade relativa para a diminuição das produti- vidades animal e vegetal sejam semelhantes (quadro 4.2); (4º) Nos grupos de atividades com altas produtivi- dades relativas, os impactos determinantes do contributo negativo para a evolução da produ- tividade concentram-se nas vacas leite (setor animal) e nas culturas temporárias regadas (excluída a horticultura extensiva) e fruteiras e vinhas não regadas (setor vegetal); os contri- butos, também negativos, dos grupos de ativi- dades com baixas produtividades polarizam-se quase exclusivamente nas vacas aleitantes e nas pastagens permanentes, devido ao grande reforço do seu peso nos recursos dos respeti- vos setores (quadros 2.1, 2.2 e 4.1); (5º) Em contratendência dos impactos negativos na produtividade, surgem dois conjuntos: o dos grupos de atividades com baixas produti- vidades cujo peso nos recursos declinou (ovi- nos e caprinos; culturas temporárias não rega- das; e olival não regado); e o dos grupos com altas produtividades que ganharam terreno no setor vegetal, ou seja, a vinha e olival regados e a horticultura extensiva (quadro 4.1); (6º) Os significados e implicações das evoluções destes dois conjuntos são muito diferentes: no primeiro caso, o contributo potencialmente positivo (0,7% e 3,2%, respetivamente nos setores animal e vegetal) foi submergido pelos impactos de sinal contrário resultantes do cor- relativo reforço do peso das vacas aleitantes (impacto de -4,9% na produtividade animal) e das pastagens pobres (impacto de -12,6% na produtividade vegetal) na agricultura de sequeiro; enquanto no segundo correspondem a processos sustentados de expansão efetiva, embora territorialmente concentrada, de ativi- dades com elevadas produtividades. 3. Alteração da repartição territorial dos recursos e do potencial produtivo agrí- cola do Continente Ao iniciar a análise dos fatores explicativos da evo- lução do potencial produtivo por grupos de ativi- dades, chamou-se a atenção para os módulos pro- dutivos cujas evoluções diferem significativamente da trajetória dominante no grupo onde se inse- rem. A abordagem territorial, a que se dedica este útimo ponto, impõe que se retome essa pista, que é essencial para se compreender a grande alteração em 1999-2009 da repartição territorial dos recursos e do potencial agrícola. 4.2. Impactos nas Produtividades Animal e Vegetal do Continente em 1999-2009, Fatores por Classes de Produtividade Relativa Classes de Produtividade Relativa dos Módulos Produtivos Impacto na Variação % da Produtividade Setor do Continente % Fatores de Variação da Produtividade Potencial Animal e Vegetal 1999-2009 FPV1 Produtividade Relativa Diferencial e Variação dos Recursos FPV2 Variação das Produtividades Setor Classe (1) = (2) + (3) (2) (3) Animal >= 1 -6,0% -5,9% -0,1% < 1 -5,2% -4,8% -0,4% Total -11,2% -10,7% -0,4% Vegetal >= 1 -7,0% -7,9% 0,9% < 1 -8,8% -7,1% -1,8% Total -15,8% -14,9% -0,9%

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