Cultivar_4_Tecnologia

A inovação é a chave para uma agricultura europeia resiliente 111 Países com setores agrícolas modernos e de alta tecnologia, como os Países Baixos, estão em boas condições para aproveitarem estas oportunida- des de inovação tecnológica. Naturalmente, outros poderão precisar de mais tempo para se adapta- rem, mas Huitema considera que não se trata aqui de uma competição. Há, como seria de esperar, os que abrem caminho, mas aqueles que vêm atrás têm também a garantia de que as inovações fun- cionam efetivamente. É, pois, muito importante que haja uma partilha de melhores práticas, uma vez que todos ganhamos com isso. O setor agrícola deverá procurar igualmente uma maior consonância com outros setores industriais. A agricultura pode desempenhar um papel muito importante na economia circular, por exemplo. A ciência e as tecnologias utilizadas noutros seto- res podem ser combinadas para beneficiar a agri- cultura. Na verdade, tanto os grandes volumes de informação como a “Internet das Coisas” são tam- bém utilizados noutros setores. Além disso, os pro- blemas que surgem podem ser semelhantes. Por exemplo: a quem pertencem os dados e quem pode tirar proveito deles? A um nível completamente dife- rente, os robôs de ordenha, por exemplo, utilizam tecnologia da NASA. O setor agrícola pode ainda utilizar nas suas estufas luzes LED energeticamente eficientes. Há inúmeras sinergias com outros seto- res que, por enquanto, estão ainda pouco explora- das. Jan Huitema quer mudar isso. O relatório foi, de uma maneira geral, bem acolhido pelos eurodeputados na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do PE. O autor do relatório ficou muito bem impressionado com os diferentes ângulos e perspetivas que os outros deputados uti- lizaram para abordar as suas ideias. Huitema não quis optar por um método de produção específico, como a agricultura biológica ou a agricultura sim- plesmente intensiva. A inovação pode ser assumida a um nível mais abrangente e beneficiar qualquer tipo de agricultura. O mais importante é que os decisores políticos apoiem a utilização dessa ino- vação e criem espaço para ela. Nós podemos efeti- vamente produzir mais com menos recursos e com menor impacto ambiental, o que será certamente melhor para o ambiente, melhor para os agriculto- res e os cidadãos e melhor para a competitividade europeia.

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