Cultivar_30

96 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 30 ABRIL 2024 – Melhoramento e técnicas genómicas Disease in European Chestnut. Forests. 2023; 14(4):785. https://doi.org/10.3390/f14040785 Santos C, Duarte S, Tedesco S, Fevereiro P e Costa Lourenço R (2017 a) Expression profiling of Castanea genes during resistant and susceptible interactions with the oomycete pathogen Phytophthora cinnamomi reveal possible mechanisms of immunity. Frontiers in Plant Science, https://doi.org/10.3389/fpls.2017.00515 Santos C, Nelson CD, Zhebentyayeva T, Machado H, Gomes- -Laranjo J, Costa RL (2017 b) First interspecific genetic linkage map for Castanea sativa x Castanea crenata revealed QTLs for resistance to Phytophthora cinnamomi. PLoS ONE 12(9): e0184381. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184381 Fernandes P., Machado H., Silva M.C., Costa R.L. (2021). Histopathological study reveals new insights into responses of chestnut (Castanea spp.) to root infection by Phytophthora cinnamomi. Phytopathology. https://doi. org/10.1094/PHYTO-04-20-0115-R Melhoramento genético de eucalipto JOSÉ ALEXANDRE ARAÚJO RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel* O Programa de Melhoramento Genético (PMG) de Eucalyptus globulus, conduzido pelo RAIZ e herdado das empresas PORTUCEL e SOPORCEL, deu continuidade ao trabalho que aquelas empresas já tinham encetado em 1985. Nos primeiros 10 anos, dominou-se a técnica de propagação vegetativa e foi estabelecida uma rede de ensaios de campo, ainda pouco representativa, e que incluía os primeiros clones selecionados em matas comerciais e multiplicados vegetativamente (árvores plus), planta seminal obtida por semente colhida nessas mesmas árvores e por lotes importados da Austrália, estes com intuito de criar uma diversidade genética que sustentasse o PMG a longo prazo. Com a criação do RAIZ em 1996, o PMG recebeu a missão de contribuir para a competitividade da indústria, quer em termos de crescimento e sobrevivência das árvores quer no impacto nos processos fabris. Para isso, foi estabelecido um índice de seleção denominado “Produção em Pasta”, que valoriza a quantidade de pasta produzida por área florestada com um clone, em comparação com a obtida usando plantas não melhoradas, refletindo uma visão integrada da cadeia Floresta-Pasta-Papel. Instalaram-se parques de hibridação com enxertias e, por cruzamentos controlados, foram geradas melhores descendências. Desenvolveu-se um protocolo de certificação de identidade genética que contribui para o controlo de qualidade do PMG. A rede de ensaios expandiu-se e conta agora com cerca de 220 ensaios ativos. A base de dados acumula vasta gama de informações, incluindo registos de altura, diâmetro, sobrevivência, densidade e rendimento e suscetibilidade a pragas e doenças. Periodicamente, é realizada uma análise genética utilizando metodologia sofisticada como BLUP/AsREML, envolvendo mais de 167 000 registos de crescimento, 75 000 de sobrevivência e 60 000 de densidade e rendimento. Com estes resultados, constrói-se o índice “Produção Pasta/ha”. Os 50 000 indivíduos do PMG são ordenados pelo índice de seleção de forma decrescente e os mais valiosos escolhidos como progenitores de novos ciclos de melhoramento ou como clones recomendados para viveiro. Neste último caso, devem ser resistentes à doença de viveiro Neopestalotiopsis * https://raiz-iifp.pt/

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