Cultivar_30

Contribuindo para o melhoramento vegetal de NOVA geração 75 (Alves et al., 2019), assim como a composição nutricional e a qualidade da proteína no feijão (Mendes et al., 2022). Em relação à identificação da base genética da resistência a stresses bióticos ou abióticos pelo PlantX, exemplos podem ser encontrados no feijão nacional (Phaseolus vulgaris) contra o fusário (Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli) (Leitão et al., 2020), o oídio (Erysiphe diffusa) (Leitão et al., 2023a), a ferrugem (Uromyces appendiculatus) (Leitão et al., 2023b) ou o stresse hídrico (Leitão et al., 2021). No chícharo (Lathyrus sativus), os estudos genéticos desenvolvidos pelo PlantX visaram esclarecer a resistência ao fusário (F. oxysporum f. sp. pisi) (Sampaio et al., 2021), à ferrugem (Uromyces pisi) (Martins et al., 2022), e a diferentes espécies de oídio (Erysiphe pisi e Erysiphe trifolii) (Martins et al., 2023). Com base nestas informações genéticas, é possível delinear estratégias moleculares, como o melhoramento assistido por marcadores moleculares (MAS), que emprega as ferramentas biotecnológicas desenvolvidas. Este método simplifica o processo de seleção de genótipos de interesse, tornando-o mais eficiente, rápido e preciso. Atualmente, no caso do chícharo e do feijão, as entradas identificadas como mais promissoras em termos de resistência e qualidade estão a ser incluídas em cruzamentos controlados para desenvolver materiais de pré-melhoramento. Estes materiais estão a ser desenvolvidos como parte das atividades de investigação participativa realizadas no Laboratório Vivo de Alvaiázere (agora integrado no projeto europeu H2020 DIVINFOOD) para o chícharo, e na iniciativa de ciência cidadã “Oeiras Experimenta” para o feijão, nas quais o PlantX desempenha um papel muito ativo. Para as características mais complexas, como a resistência a stresses abióticos (deficit hídrico), controladas por um maior número de genes com pequenos efeitos, estamos também atualmente a desenvolver no PlantX modelos de seleção genómica (GS). Diferentes aproximações estatísticas estão a ser testadas neste desenvolvimento, desde a Previsão Genómica Linear Não Enviesada (Genomic Best Linear Unbiased Prediction – GBLUP), menos exigente do ponto de vista computacional, até modelos ponderados com os resultados de GWAS e de maior precisão (Voss-Fels et al., 2019). Estes vão permitir uma seleção mais precisa no melhoramento do chícharo ou do feijão, com vista ao desenvolvimento de variedades mais resistentes ao stress hídrico. Este tipo de investigação de fronteira só tem sido possível graças a uma colaboração multidisciplinar e participativa, envolvendo cidadãos, agricultores e diversos grupos de investigação nacionais, como o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB NOVA), o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Escola Superior Agrária de Coimbra – Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), e internacionais, como o BIOMETRIS-WUR (Países Baixos) e o IAS-CSIC (Espanha). Esta colaboração engloba áreas tradicionalmente distantes, como a tecnologia alimentar, a química analítica, a fitopatologia, a fisiologia, a genética quantitativa e o melhoramento de plantas. Em resumo, as novas variedades de leguminosas e cereais que podem ser selecionadas por meio do melhoramento genético de precisão, utilizando a tecnologia desenvolvida por nós, serão caracterizaPara as características mais complexas, como a resistência a stresses abióticos (deficit hídrico), controladas por um maior número de genes com pequenos efeitos, estamos também atualmente a desenvolver no PlantX modelos de seleção genómica. Este tipo de investigação de fronteira só tem sido possível graças a uma colaboração multidisciplinar e participativa, envolvendo cidadãos, agricultores e diversos grupos de investigação nacionais …

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