Capacidade do setor do melhoramento vegetal para enfrentar os desafios do abastecimento alimentar 135 4.1. Tecnologia e legislação: diferentes ritmos de progresso 4.2. Falta de recursos públicos para avaliação de novas variedades 4.3 Falta de reconhecimento por parte dos consumidores e perceções enviesadas 5. Principais conclusões Estes capítulos vão sendo desenvolvidos de forma sistemática, incluindo no segundo capítulo um conjunto de gráficos muito interessantes sobre a evolução das diferentes condicionantes ao desenvolvimento do setor, ou o mapa que se segue (Figura 2, p. 9). Exposição a crises externas nos sistemas alimentares dos diferentes países do mundo (em kcal/pessoa/dia) Exposição a choques externos: défice médio da procura. O mapa apresenta o défice da procura final (em kcal/pessoa/ dia) em média de uma série de N simulações que reproduzem, uma de cada vez e para todos os países da rede, a propagação do choque associado a uma quebra de 30% na produção alimentar nacional. Fonte: Insights into countries’ exposure and vulnerability to food trade shocks from network-based simulations. Grassia, M., Mangioni, G., Schiavo, S., y Traverso, S. 2022. No terceiro capítulo, expõem-se algumas das ferramentas existentes que poderão permitir garantir um aumento da produção alimentar de forma sustentada, assegurando as necessidades estimadas para 2050, que estão calculadas em cerca de 60% de incremento do rendimento das culturas – o que significa uma aceleração de 20% face aos últimos 30 anos. Além disso, este aumento do rendimento das culturas tem vindo a ser obtido através de um aumento dos inputs/fatores de produção e do desenvolvimento tecnológico dos sistemas de produção e em cerca de 50% através dos resultados dos processos de melhoramento genético. A introdução de maior tecnicidade e tecnologia nos sistemas de produção irá promover uma adaptação utilizando menos recursos. Analisa-se ainda o contributo que as novas ferramentas de edição genética podem dar no melhoramento genético florestal e na resposta às necessidades crescentes de alimentos. No quarto capítulo, o documento faz uma abordagem às limitações que o melhoramento vegetal enfrenta, nomeadamente os diferentes ritmos entre enquadramento legislativo e evolução tecnológica, as dificuldades nos processos de avaliação de novas variedades e mesmo as questões que se prendem com as perceções do público consumidor. O último capítulo apresenta um conjunto de conclusões sobre os vários aspetos que foram sendo abordados ao longo do documento. Conclusões Trata-se de um documento muito interessante, de fácil leitura, sistematizando os vários desafios que se põem relativamente ao futuro no que respeita aos contributos do melhoramento de várias espécies agrícolas e das Novas Técnicas Genómicas para responder às necessidades alimentares.
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