Cultivar_3_Alimentação sustentável e saudávell

cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 3 março 2016 28 vés da aplicação e do cumprimento eficazes das normas existentes no mercado interno. Comple- mentarmente, temos de desenvolver políticas cli- máticas e energéticas integradas. De um modo mais geral, teremos de dispor dos ins- trumentos necessários para criar uma verdadeira política industrial da UE para o setor da alimentação e bebidas. Para além de um funcionamento adequado do mercado interno, isso significa também fomentar a produção e o consumo sustentáveis a nível da UE, desenvolver o emprego e a produtividade do traba- lho de forma sustentável, aumentar as oportunidades comerciais, apoiar as PME, que são a espinha dorsal da economia euro- peia e, finalmente, construir na Europa uma verda- deira União da inovação. Em contrapartida, um bom funcionamento do Mercado Único Europeu irá favorecer as trocas comerciais a nível global. Se todos os países da UE falarem a uma só voz, serão muito mais fortes na cena internacional e poderão ser muito mais competitivos nas negociações comerciais interna- cionais. * * * Seja qual for o aspeto considerado, a verdade é que temos de nos preparar, agora, para os desafios que teremos de enfrentar no futuro, tanto na Europa como a nível global. A cooperação com as autorida- des é extremamente importante, já que os operado- res do setor têm um papel fundamental a desem- penhar, mas não podem desempenhá-lo sozinhos. As parcerias e as alianças serão essenciais e a facilita- ção do diálogo com as auto- ridades e os representantes dos consumidores será fun- damental para que possa- mos prosseguir os mesmos objetivos sem travar a ino- vação e o desenvolvimento de novos produtos. A FoodDrinkEurope está convicta de que agora, e no futuro, uma abordagem que congregue os múl- tiplos intervenientes é a maneira mais consistente, viável e eficiente de enfrentar os desafios asso- ciados a uma alimentação saudável. Já nos com- prometemos, por exemplo, a ajudar a reduzir para metade o desperdício alimentar na UE, até 2020, e podemos aproveitar esta dinâmica para ponderar- mos objetivos ainda mais ambiciosos. Não quere- mos, contudo, fazê-lo sozinhos. Estamos prontos a desempenhar o nosso papel, continuando a inovar, adaptar e mitigar, mas precisamos de uma frente unida para ultrapassar os enormes desafios sociais que teremos de enfrentar nos próximos 30 anos. Se queremos manter a competitividade da nossa indústria, é essencial que esta tenha acesso aos benefícios do Mercado Único. O papel da regulamentação europeia é facilitar a circulação de bens e produtos dentro da UE. Nessa medida, precisamos daquilo a que chamamos uma “regulamentação inteligente”.

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