Indústria agroalimentar – Nozes! 85 dáveis, adaptando a nossa oferta à procura europeia que tem um pico de consumo na época natalícia, na noz com casca, e um consumo crescente no miolo de noz que é consumido ao longo do ano com menor sazonalidade. Sendo o valor da noz afetado pelas condições naturais (climatéricas, por exemplo) e de mercado, desenvolver conhecimento e adaptá-lo às nossas circunstâncias tem um carácter determinante na evolução deste investimento e a capacidade de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talento com experiência no setor ou em setores semelhantes fazem toda a diferença para garantir qualidade – aspeto visual da casca, calibre, rendimento de miolo, cor do miolo. Isto sem nunca desviar o foco da capacidade de execução operacional, que deve ser exemplar, tendo por base uma estrutura organizacional e um parque de máquinas e equipamentos bem dimensionado e adaptado às necessidades, tanto ao nível da produção como da unidade industrial. Todas as operações devem estar muito alinhadas para maximizar o valor da noz, em especial a colheita, que deve ser feita no momento de maturação ideal da noz seguido de descasque e secagem sem qualquer tempo de espera para reduzir o risco de perda de qualidade e valor comercial. A digitalização, por outro lado, é uma ferramenta muito eficaz à qual temos recorrido para fazer face a diferentes desafios, nomeadamente como apoio na gestão dos custos de produção, permitindo a avaliação do uso dos recursos – água, fertilizantes, fitofármacos, outros – em tempo real para determinar a sua necessidade e eficácia num modelo de tomada de decisão que integra as diferentes dimensões –económica, ambiental e social. A procura por tecnologia de aplicação de recursos localizada está em teste permanente no sentido de assegurar a boa execução das diferentes decisões operacionais. É uma ferramenta amplamente utilizada também na unidade de processamento onde estamos muito empenhados em garantir a eficiência das operações, com objetivos de processamento ambiciosos que ainda assim permitam manter uma grande flexibilidade na capacidade de resposta para fazer face às variadas exigências dos clientes em matéria de qualidade e de nível de serviço. O combate ao desperdício é particularmente bem conseguido no caso das nozes pelo facto de que todos os subprodutos têm valorização e utilização, desde a casca verde que pode ser utilizada como corretivo do solo e/ou como biopesticida (ainda em estudo), assim como a casca rija que têm várias utilizações desde a biomassa à aplicação como abrasivos naturais para limpeza, entre outros. Num cenário de alterações climáticas, assume maior relevo a nossa política de sustentabilidade assente em três pilares: gestão eficiente dos recursos – água, manutenção da biodiversidade, neutralidade carbónica, para os quais foram calendarizadas metas e objetivos com um plano de ação bem definido para as atingir dentro dos prazos estabelecidos.
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