Cultivar_29

77 Parte I 1. O Início Em Portugal, o início da transformação de tomate em pasta de tomate tem as suas origens na zona da Golegã, Vale do Tejo, durante o período da Segunda Guerra Mundial, com as “sobras” da produção para o mercado do fresco. Existe o registo, em 1945, do cultivo de 300 ha de tomate, cuja produção transformada resultou em 800 t de concentrado de tomate. Em 1956, sob a liderança de Manuel Luís Costa Braga, a indústria de transformação do tomate, em conjunto com o Ministério de Agricultura português, através da Junta Nacional das Frutas e do seu representante Weber de Oliveira, e com a colaboração ativa das empresas H. J. Heinz e Campbell Soup, iniciou a transferência das tecnologias mais avançadas da época. Em Portugal, esta cultura e atividade dedicou-se desde o início à exportação dos seus produtos, sendo única entre os seus pares pelo facto de exportar mais de 90% da produção e de não ter uma forte dependência do mercado de consumo interno. O confronto com as vicissitudes do mercado global tem sido o fator decisivo que levou a um grande sucesso e a um crescimento contínuo, num processo de melhoria constante do conjunto da fileira de agricultores e transformadores, focado na procura de eficiência e qualidade. Tem sido um trabalho duro e difícil, obedecendo à “Lei de Darwin” e levando assim à “sobrevivência do mais forte”. 2. Evolução Com início em 1956, foram construídas e equipadas 31 unidades fabris dispersas de Norte a Sul pelas A cultura de tomate para indústria em Portugal MARTIN STILWELL Presidente do Grupo HIT* * https://hit-tomato.com/ 1 4 9 15 31 27 26 25 23 18 12 10 6 6 6 6 1939 1956 1956-1960 1961-1965 1966-1970 1971-1975 1976-1980 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005 2006-2010 2011-2015 2016-2020 2021-2023 Gráfico 1 – Empresas transformadoras Fonte: Portas C.A.M, Oliveira W., Stilwell M.R., Calado A.M., Dias V.M. B., Ruiz-Alticent M. – Tomato Processing In Portugal. HortScience, Vol.21 (1); Stilwell M.R. – Registos pessoais

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