Indústrias agroalimentares: caracterização e evolução recente 47 dios agrícolas) e vice-versa (42% da produção nacional da agricultura é consumo intermédio das IABT) enquanto fornecedores/compradores de produtos intermédios (e.g. a indústria fornece alimentos compostos para os animais à agricultura, a agricultura fornece animais para abate à indústria), existindo um grau de integração vertical muito forte entre a agricultura e a indústria. Além disso, tanto a agricultura como as indústrias dependem da procura final de bens alimentares assumida sobretudo via distribuição alimentar (45,5% da produção das indústrias agroalimentares destina-se ao consumo final interno). Em particular, a estrutura de consumos intermédios da indústria agroalimentar (estimada a partir do QERU do INE) revela uma prevalência das matérias-primas agrícolas e da pesca e dos produtos das indústrias conexas (63,3%) e das “Embalagens” (11,4%) face às restantes rubricas. No período 20172020, destaca-se uma perda de peso da rubrica mais inclui os ramos 31, 36-38, 41, 68 e 81; Manutenção e reparação de materiais e equipamentos inclui os ramos 20, 28 e 33; Serviços de publicidade inclui os ramos 58 e 73; Serviços de telecomunicações e informática inclui os ramos 53, 61-63 e 95; Serviços de transporte e armazenagem inclui os ramos 49-52; Comércio inclui os ramos 55, 56; Serviços financeiros e de seguros inclui os ramos 64-66; Serviços de apoio às empresas inclui os ramos 69-71, 74 e 82; Outros bens e serviços inclui os restantes ramos A82. relevante (-1,3p.p.) em detrimento da “Manutenção e reparação de materiais e equipamentos” (+0,6p.p.) e da “Manutenção e reparação de edifícios industriais e de outras obras” (+0,5p.p.). Acresce que, de acordo com as Matrizes de Input-Output (INE), cerca de 30% dos consumos intermédios são importados (30,9% nas indústrias alimentares, 23,3% na indústria das bebidas e 64,4% na indústria do tabaco). Em 2020, os consumos intermédios diminuíram em valor (-4,1%), sobretudo devido ao contributo da sua componente “Produtos da agricultura, da pesca e das indústrias conexas” (-3,4%), a mais representativa. Embora com menor peso na estrutura é de realçar a variação positiva das rubricas “Serviços financeiros e de seguros” (1,5%) e “Serviços de telecomunicações e informática” (6,7%), em contraste com todas as outras componentes. E em 2021, os consumos intermédios cresceram 10%, fruto dos contributos positivos dos “Produtos da agricultura, da pesca e das indústrias conexas” (+5,7p.p.) e das “Embalagens” (+1,4p.p.). Quadro 6 – Estrutura de consumos intermédios das indústrias agroalimentares (%) Fonte: Estimativa GPP, a partir das contas nacionais (quadro de equilíbrio de recursos e utilizações – qeru), INE. data de versão dos dados: abril de 2023 Estrutura de consumos intermédios (%) Taxa de crescimento médio anual 2017-2020 Taxa de variação 2019-2020 2017 2020 Variação (p.p.) (%) (%) Total 100,0 100,0 0,0 -4,1 Produtos da agricultura, da pesca e das indústrias conexas 64,6 63,3 -1,3 -0,7 -3,4 Embalagens 11,6 11,4 -0,2 -0,7 -6,4 Energia e lubrificantes 3,6 3,3 -0,3 -2,9 -12,2 Manutenção e reparação de materiais e equipamentos 3,2 3,8 0,6 5,3 -1,2 Serviços de Transporte e armazenagem 3,2 3,4 0,2 2,3 -2,8 Manutenção e reparação de edifícios industriais e de outras obras 2,8 3,4 0,5 5,9 -0,1 Serviços de apoio às empresas 2,7 3,1 0,4 4,2 -3,5 Serviços de publicidade 3,1 3,0 -0,1 -1,3 -11,8 Serviços financeiros e de seguros 1,5 1,7 0,2 4,8 1,5 Serviços de telecomunicações e informática 0,8 0,9 0,1 3,6 6,7 Comércio 0,6 0,6 0,0 -0,5 -10,2 Outros bens e serviços 2,2 2,2 0,0 0,2 -8,6
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