Cultivar_29

1. Contexto económico e fiscal nacional A economia portuguesa vem apresentando, desde há vários anos, um crescimento relativamente anémico, sendo que a última década e meia mostra inclusive períodos de marcada quebra do produto, coincidindo com momentos críticos no quadro nacional (o período da crise da dívida soberana) e, mais recentemente, no quadro internacional (o período da pandemia). Embora num momento ou outro, a economia tenha apresentado taxas de crescimento ligeiramente superiores às da União Europeia ou da Zona Euro, esses momentos foram fugazes e nunca adquiriram suficiente tração para recuperar o histórico atraso face aos nossos principais parceiros económicos. Desde o mais simples PIBpc (Produto Interno Bruto a preços correntes) até um conjunto mais elaborado de indicadores de desenvolvimento económico, Portugal tem vindo a perder posições face aos seus parceiros da União Europeia (mesmo em relação aos países que, no momento da sua adesão, estavam em patamares francamente mais baixos) e também no contexto global. A ausência de reformas efetivas, pensadas numa perspectiva de longo prazo e para lá dos ciclos eleitorais, e a ausência de pactos de regime que permitam a continuidade de políticas e opções e não os constantes ziguezagues gerados pela repetida substituição de responsáveis e a presunção do falhanço das opções anteriores, têm impedido uma alteração real do atual estado de coisas. E têm impedido a aposta em estratégias indutoras de crescimento económico, produtoras de riqueza, geradoras de investimento interno e externo e criadoras de postos de trabalho sustentados e adequadamente remunerados. 29 Harmonizar o IVA, porque a alimentação é essencial NUNO FERNANDES THOMAZ Presidente da Centromarca* * https://www.centromarca.pt/ A economia portuguesa vem apresentando, desde há vários anos, um crescimento relativamente anémico … Embora num momento ou outro, a economia tenha apresentado taxas de crescimento ligeiramente superiores às da União Europeia ou da Zona Euro, esses momentos foram fugazes e nunca adquiriram suficiente tração para recuperar o histórico atraso face aos nossos principais parceiros económicos.

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