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21 Indústria portuguesa agroalimentar – Desafios e perspetivas futuras PEDRO QUEIROZ Diretor-Geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA)* Um setor resiliente A indústria portuguesa agroalimentar tem vindo a afirmar-se como o maior setor de base industrial e integra uma das fileiras estratégicas para a dinamização da economia nacional. Com mais de 11 mil empresas e cerca de 110 mil postos de trabalho diretos e mais de 500 mil indiretos, o setor é responsável por um volume de negócios que estará a caminhar para um recorde de 19 mil milhões de euros no final de 2023 (projeções FIPA com base INE). No ano 2022, as exportações ultrapassaram pela primeira vez a barreira dos 7 mil milhões de euros (INE: ramos 10 e 11 da CAE rev.3), o que demonstra a ambição do setor e o reconhecimento externo da qualidade dos produtos nacionais. Apesar de algum abrandamento, ainda será possível atingir nova fasquia no final de 2023. É uma indústria com desempenhos de excelência no que respeita à segurança dos alimentos, com inovação permanente ao nível da qualidade nutricional, com compromissos assumidos na transição para uma economia mais sustentável e que, apesar dos tempos de enorme volatilidade, tudo tem feito para manter a sua capacidade produtiva e a viabilidade económica. Se dúvidas houvesse, na conjuntura gerada pela pandemia e, posteriormente, pela guerra, as empresas do setor afirmaram o seu papel insubstituível, mesmo quando as disrupções no dinamismo da cadeia de valor agroalimentar se conjugaram numa tempestade perfeita. Resiliente é, por isso, a palavra que caracteriza um setor que, num contexto económico e social bastante desafiante, contraria diariamente a tendência de estagnação e reafirma o seu potencial de crescimento e desenvolvimento, assente numa capacidade produtiva com recurso a novas tecnologias, que resulta em * https://www.fipa.pt/ Resiliente é a palavra que caracteriza um setor que, num contexto económico e social bastante desafiante, contraria diariamente a tendência de estagnação e reafirma o seu potencial de crescimento e desenvolvimento, assente numa capacidade produtiva com recurso a novas tecnologias… e onde a ecoeficência é uma das bandeiras.

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