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Pastagens permanentes de sequeiro em Portugal 45 diferentes situações topográficas e de exposição. Na ausência de um histórico de medições de MOS, calculou-se o fator de sequestro de carbono consi- derando o último ano em que o solo foi mobilizado com métodos destrutivos, obtendo-se um valor de 3,6 t CO 2 por ha e por ano (Valada et al ., 2012). Foi conseguida a adesão de 400 agricultores, num total de 80 000 ha e o sequestro de 0,5 Mt de CO 2 . Temos também envidado esforços para encontrar uma metodologia sistemática, ex- pedita e de baixo custo para os agricultores usarem de forma eficiente a análise da MOS nas suas explorações, avaliando o custo-benefício das suas práticas de gestão do solo, como estas afetam a MOS ao longo do tempo e a capacidade das pastagens como sumi- douros de carbono. Esta avaliação requer um levan- tamento de amostras de solos rápido e em massa, capaz de cobrir de forma rentável grandes áreas e avaliar a heterogeneidade espacial para a aplica- 7 Grupo Operacional GO SOLO, coordenado pela Terraprima – Serviços Ambientais e financiado pelo PDR 2020. 8 No Projeto “ECOPOL - Internalização da Narrativa Funcional do Montado na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de Desenvolvimento Rural”, coordenado pela UNAC e pelo IST e financiado pelo PDR 2020. ção de recomendações de gestão diferenciadas. Este método irá utilizar espectroscopia no visível e no infravermelho-próximo (VNIR), utilizando sensores de campo e imagens de satélite. Como fim úl- timo, pretende-se reduzir o custo de amostragem deste parâmetro para aumentar a periodicidade, densidade e cobertura espacial da amostragem e análise 7 . Quanto a serviços de ecossistema (SE) em geral, coliderámos um exercício 8 em que, inicialmente, o conjunto de SE fornecidos pelo sistema de montado com pasto- reio extensivo foram identificados e priorizados com base na opinião de especialistas e revisão documental, tendo em conta três critérios principais: (1) Relevância para a sociedade; (2) Impacto no sector agroflorestal; (3) Disponibilidade de informação (potencial). De se- guida, e com base na realidade de gestão do mon- tado em Portugal, foram delineados dois cenários de evolução do sistema (abandono e intensificação pecuária) e dois cenários de gestão (com e sem pastoreio extensivo), num gradiente de modelos de gestão que varia entre o abandono e a inten- sificação pecuária, para com- parar os diferentes sistemas quanto ao seu potencial de fornecimento dos SE priori- tários (identificados como ex- plicado acima). Finalmente, realizou-se uma revisão sistemática da literatura para recolher informação quantitativa e qualitativa sobre o aprovisionamen- to dos SE prioritários nos diferentes cenários, bem como o seu valor económico (Marta-Pedroso et al ., 2020). A apreciação qualitativa indicou uma redução no fornecimento de praticamente todos os SE, quer Fonte: Terraprima Figura 3 – Controlo de matos não-destrutivo A apreciação qualitativa indicou uma redução no fornecimento de praticamente todos os SE, quer no caso de abandono quer no caso de intensificação pecuária do sistema, quando comparados com o cenário de manutenção do montado com pastoreio extensivo .
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