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Dinâmicas da utilização do solo pela agricultura 81 nos. Estas circunstâncias tiveram um impacto par- ticularmente relevante sobre os solos mais pobres e com produtividades mais baixas, promovendo a mudança da sua utilização. Muitos destes solos passaram a estar afetados a novas funções que, também aqui, se diferenciam nas suas dinâmicas. Onde existia estrutura fundiária com dimensão suficiente para suportar um processo de extensificação, foram integrados na SAU com utiliza- ção na pastorícia. Numa análise mais fina, verifica-se ainda, em alguns casos emque associada à estrutura fundiária existe disponibilidade de água e uma espe- cialização empresarial, o aparecimento de novas explorações com forte vocação para o mercado, ele- vado potencial produtivo e com sistemas de produ- ção modernos e tecnologicamente diferenciados, de que são exemplo as novas áreas demodernos olivais, vinhas e outras culturas permanentes no Alentejo e em Trás-os-Montes. Estes fenómenos podem-se observar através da liga- ção verificada nas variações regionais dos tipos de ocupação e das estruturas fundiárias predominantes em cada uma dessas regiões. Nos casos em que a estrutura fundiária da explora- ção não tem dimensão suficiente para suportar a extensificação, nem para garantir condições de asse- gurar uma sucessão adequada, estes solos saem da atividade produtiva, levando ao desaparecimento das explorações e logo ao decréscimo da SAU. iv) A importância da envolvente externa à agricultura nas dinâmicas observadas Do lado dos fatores externos, como já foi anterior- mente aflorado, podem ser evidenciadas, por um lado, as novas condições de mercado resultantes da adesão e integração num mercado único, com fronteiras cada vez mais abertas, e logo com níveis de concorrência cada vez mais exigentes e, por outro lado, as orientações dadas pelas políticas públicas, com a particular importância da Política Agrícola Comum, nomeadamente, e entre outras, o desliga- mento de certos pagamentos ligados, a aposta na multifuncionalidade, a extensificação, a proteção ambiental e os sistemas de alto valor natural. Este ajustamento estrutural e de modernização da agricultura resulta, em grande medida, dos impactos da adesão a um mercado único mais competitivo face às características estruturais das explorações, mas também é consequência do impacto do desen- volvimento económico, onde outros setores econó- micos mostram uma maior capacidade de atração de pessoas. Mais uma vez, note-se que, em Portugal em 1990, 15% da população residente desenvolvia trabalho nas explorações agrícolas da família (Figura 14) , um valor muito elevado quando comparado com outras economias mais desenvolvidas (Reino Unido 0,8%; França 3,0%; Espanha 7,0%) ou mesmo com a média 12 Fonte: RA1989 e IEEA2013 Muitos deste sol passaram a estar afe ados a novas funções que, também aqui, se diferenciam nas suas dinâmica . O de existia estr tura fundiária com dimensão suficiente para suportar um processo de extensificação, foram integrados na SAU com utilização p storícia. Numa análise mais fina, verifica-se ainda, em alguns cas s em que associada à estrutura fundiária existe disponibilidade de água e uma especialização empresarial, o aparecimento de novas explorações com forte vocação para o mercado, elevado potencial produtivo e com sistemas de produção modernos e tecnologicamente diferenciados, de que são exemplo as novas áreas de modernos olivais, vinhas e outras culturas permanentes no Alentejo e em Trás-os-Montes. Estes fenómenos podem-se observar através da ligação verificada nas variações region is dos tipos de ocupação e das estruturas fundiárias pre ominantes em cada uma dessas regiões. Figur 13 − Variação das pastagens permanentes por Região Agrária (2019-1989) Fonte: RA1989 e IEEA2013 Nos casos em que a estrutura fundiária da exploração não tem dimensão suficiente para supo rtar a extensificação, nem para garantir condições de assegurar uma sucessão adequada, estes solos saem da atividade produtiva, levando ao desaparecimento das explorações e logo ao decréscimo da SAU. Variação absoluta (%) Variação relativa (%) Fonte : RA1989 e IEEA2013 Figura 13 − Variação das pastagens permanentes por Região Agrária (2019-1989) 12 Fonte: RA1989 e IEEA2013 Muitos de tes solo pa saram e tar afet dos a novas funções que, t mbém aqui, se dif renciam nas suas inâmicas. Onde existia estrutu a fundiária com di ensão uficiente para suportar um proce so de extensificação, f ram integrados a SAU com utilização na pastorícia. Numa análise mais fina, verifica-se aind , em alguns ca os em que associada à estrutu a fundiária existe disponibilidade de água e uma especialização empresa ial, o aparecimento de novas explorações com forte vocação para o mercado, elevado potencial produtivo e com sistemas de produção m dernos e tecnologicamente diferenciados, de que são exemplo as novas áreas de modernos olivais, vinhas e outras culturas permanentes no Alentejo em Trás-os-Montes. Estes f nómenos p dem-se observar através da lig ção verificada nas v riações r gionais do tipos de ocupação e das estrutu as fundiárias predominantes em cada uma dessas regiõ s. Figura 13 − Variação das pastagens permanentes por Região Agrária (2019-1989) Fonte: RA1989 e IEEA2013 Nos ca os em que a strutu a fundiária da exploração nã tem dimensão suficiente para suportar a extensificação, nem para garantir condições de assegurar u a sucessão adequada, estes solos saem da atividade produtiva, levando ao esa areci ento das explorações e logo ao decrés imo da SAU. Variação absoluta (%) Variação relativa (%) Variação absoluta (ha) Variação relativa (%)

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