Cultivar_10_Trabalho na agricultura e as novas tendências laborais

O trabalho na agricultura portuguesa 93 As áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa apre- sentam a menor expressão do emprego no setor primário, com valores de 6,0% e 1,6% da popula- ção empregada, respetivamente. Emprego no setor primário diminuiu em quase todas as regiões NUTS III A diminuição do emprego no setor primário foi transversal à grande maioria das regiões NUTS III, exceto o Alto Tâmega (4,7%), Região de Aveiro (3,5%), Baixo Alentejo (2,4%), Área Metropolitana de Lisboa (1,0%) e Alentejo Litoral (0,2%), cuja evolu- ção foi positiva no período 2000/2014. c) O volume de trabalho na agricultura por- tuguesa 5 Diminuição acentuada do volume de trabalho agrícola O volume de trabalho agrícola tem vindo a decres- cer continuamente desde 1995 (média anual 5 O volume de trabalho agrícola, medido em UTA é, em regra, inferior ao emprego em n.º de indivíduos. A dife- rença entre ambos, bem como a adequação da medição do volume de emprego em UTA, será tanto maior quanto maior for o trabalho prestado a tempo parcial. 1995/2015: -2,6%), em particu- lar o volume de trabalho não assalariado (-3,0% ao ano). Substituição do emprego agrícola por serviços O volume de consumos inter- médios utilizado pela agricul- tura tem vindo a crescer, entre 1995 e 2016 (51%), sobre- tudo devido às aquisições de serviços 6 , nomeadamente, os “outros bens e serviços” 7 (350%). Estes representavam 27% em 1995 e 35% em 2016, dos quais os “outros bens e serviços representaram, res- petivamente, 17% e 22%. Esta evolução parece apontar para uma substituição da aquisição de serviços de forma direta por meios indiretos, que se reflete apenas parcialmente no valor das remunerações dos assalariados mas não na totalidade. Em resultado, uma parte do trabalho 6 Inclui as rubricas: “Despesas com veterinários”, “Manuten- ção e Reparação de Material e Ferramentas”; “Manuten- ção e Reparação de Edifícios Agrícolas e de Outras Obras”; “Serviços Agrícolas”; “Serviços de Intermediação Finan- ceira Indiretamente Medidos (SIFIM)” e “Outros Bens e Serviços”. 7 Os valores contabilizados no item “outros bens e serviços” são muito diversos, em resultado nomeadamente das diferentes estruturas produtivas e métodos de produção. Apesar da característica “diversidade”, os “outros bens e serviços” são, na UE27, os segundos maiores itens da estrutura de consumos intermédios, sendo por esta razão necessário conhecer os verdadeiros valores para a deter- minação correta do VAB e do rendimento. Um estudo elaborado pelo Eurostat revela que, em 2007, os “outros bens e serviços” pesavam em média 14% na estrutura de consumos intermédios, embora variando entre EM (de 3% na Polónia a 26% em Portugal), em resultado de dificul- dades associadas à contabilização de, nomeadamente, custos não incluídos ou custos mal classificados (e.g. em vez de serem classificados como “outros bens e serviços”, são classificados como “serviços agrícolas”), e à sobre/ subvalorização (perigo de dupla contabilização). Fonte: GPP, a partir da variável “nº de indivíduos totais por ramo de atividade, A3” das Contas Regionais, INE Data da última atualização: dezembro de 2016 Gráfico 6. Taxa de variação 2000/2014 do emprego primário por regiões NUTS III (%) 9 Gráfico 6: Taxa de variação 2000/2014 do emprego primário por regiões NUTS III (%) -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 Alto Minho Cávado Ave Área Metropolitana do Porto Alto Tâmega Tâmega e Sousa Douro Terras de Trás-os-Montes Oeste Região de Aveiro Região de Coimbra Região de Leiria Viseu Dão Lafões Beira Baixa Médio Tejo Beiras e Serra da Estrela Área Metropolitana de Lisboa Alentejo Litoral Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Alto Alentejo Alentejo Central Algarve R. A. dos Açores R. A. da Madeira nte: GPP, a partir da variável “nº de indivíduos totais por ramo de atividade, A3” das Contas Regionais, INE ata da última atualização: dez mbro de 2016 c) O volume de trab lho na agricultura portuguesa 5 Diminuição acentuada do volume de trabalho agrícola O volume de trabalho agrícola tem vindo a decrescer continuamente desde 1995 (média anual 1995/2015: -2,6%), em particular o volume de trabalho não assalariado (-3,0% ao ano). Substituição do emprego agrícola por serviços O volume de consumos intermédios utilizado pela agricultura tem vindo a crescer, entre 1995 e 2016 (51%), sobretudo devido às aquisições de serviços 6 , nomeadamente, os “outros bens e serviços” 7 (350%). Estes representavam 27% em 1995 e 35% em 2016, dos quais os “outros 5 O volume de trabalho ag ícola, medido em UTA é, em regra, inferior ao emprego em n.º de indivíduos. A diferença entre ambos, bem como a adequação da medição do volume de emprego em UTA, será tanto maior quanto mai r for o trabalho prestado a tempo parcial. 6 Inclui as rubricas: “Despesas com veterinários”, “Manutenção e Reparação de Material e Ferramentas”; “Manutenção e Reparação de Edifícios Agrícolas e de Outras Obras”; “Serviços Agrícolas”; “Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente Medidos (SIFIM)” e “Outros Bens e Serviços”. 7 Os valores contabilizados no item “outros bens e serviços” são muito diversos, em resultado nomeadamente das diferentes estruturas produtivas e métodos de produção. Apesar da característica “diversidade”, os “outros bens e serviços” são, na UE27, os segundos maiores itens da estrutura de consumos intermédios, sendo por esta razão necessário conhecer os verdadeiros valores para a determinação correta do VAB e do rendimento. Um est do elaborado pelo Eurostat revela que, em 2007, os “outros bens e serviços” pesavam em média 14% na estrutura de consumos intermédios, embora variando entre EM (de 3% na Polónia a 26% em Portugal), em resultado de dificuldades associadas à contabilização de, nomeadamente, custos não incluídos ou custos mal classificados (e.g. em vez de serem classificados como “outros bens e serviços”, são classificados como “serviços agrícolas”), e à sobre/subvalorização (perigo de dupla contabilização).

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